Programa criado pelo Governador do Amazonas Wilson Lima, reduz desperdício de alimentos e combate a insegurança alimentar

SOCORRO MAIA – 1370-AM – JORNAL VOZ DA AMAZÔNIA - EDIÇÃO 08
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Foto: Antônio Lima/Secom

MANAUS – AM | Dados apresentados pelo IBGE, indicam que cerca de 30% dos alimentos produzidos no Brasil acabam sendo jogados no lixo, o equivalente a cerca de 46 milhões de toneladas de alimentos por ano, frutas e as hortaliças são as mais desperdiçadas, depois vêm os tubérculos e os laticínios.

Relatório publicado no dia 12.07.2023, pela Organização das Nações Unida (0NU) e mais cinco agências, mostra que a insegurança alimentar e a fome aumentaram no mundo, cerca de 735 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentaram fome crônica em 2022. No Brasil, 1,5 milhão de pessoas passaram a fazer parte dessa realidade, que afeta mais de 70 milhões de brasileiros.

No Amazonas o governador Wilson Lima, criou em 2019 o Programa Estadual de Combate e Prevenção ao Desperdício e à Perda de Alimento que já coletou 896 toneladas de alimentos e beneficiou mais de 500 mil famílias e 1.500 instituições. A Feira da Manaus Moderna é um dos locais onde o programa executa a mobilização para doações ao menos duas vezes na semana.

O objetivo do programa é reduzir o desperdício e combater a insegurança alimentar no estado, o programa coleta alimentos doados por feirantes e donos de supermercados e realiza a entrega para famílias em situação de vulnerabilidade social.

O Programa Estadual de Combate e Prevenção ao Desperdício e à Perda de Alimento é gerenciado pela Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) e se transformou em lei nº 5.297, de 3 de novembro de 2020, que dispõe sobre o combate ao desperdício e à perda de alimentos no âmbito do Estado do Amazonas. A lei garante segurança jurídica para que estabelecimentos comerciais, como supermercados e mercadinhos, possam colaborar com o programa.  Desta forma o Governo gera política pública para resolver e reduzir o desperdício de alimentos que é essencial para combater a fome no mundo.

Nos locais onde ocorrem a mobilização de doações, as equipes percorrem as bancas de frutas, legumes e verduras sensibilizando os feirantes. Ao programa, os permissionários entregam tanto doações de alimentos quanto produtos que não foram comprados pelos clientes.

A Sepror atua realizando triagem e doações. De 2019 até 2023, mais de 1.500 instituições foram beneficiadas. No mesmo período, mais de 500 mil famílias foram beneficiadas diretamente em Manaus.

Operacionalmente, o primeiro passo é a coleta dos alimentos nas feiras e supermercados de Manaus. Três vezes por semana os carregadores comparecem à Feira da Manaus Moderna, uma das principais da capital. Por lá, feirantes, que já contribuem com doações desde o início do programa, entregam os alimentos separados.

É o caso da feirante Sayda Maia. Ela trabalha há 27 anos no local e, desde que o programa foi implementado, em 2019, separa semanalmente os produtos que não vão ser mais comercializados, mas ainda possuem valor nutricional.

“Eu sempre reservo os alimentos. Se estiver ‘batidinho’ ou ‘machucado’, já separo, porque sei que não vão ser escolhidos pelos clientes, mas ainda estão bons. Nunca jogo no lixo, porque outras pessoas podem precisar”, explicou a feirante.

Após a coleta, os produtos passam por uma triagem sob a supervisão de uma gastrônoma, que identifica quais produtos podem ser reaproveitados e para qual finalidade. Além de verificar a procedência, ela também é a responsável por realizar oficinas gastronômicas. “Sempre reforço: os alimentos podem perder seu valor comercial, mas não nutricional”, ressaltou a gastrônoma Flávia Magna.

Foto: Antônio Lima/Secom

Na última etapa, os produtos são entregues para famílias e associações cadastradas em programas sociais. A Associação Social Renascer, localizada no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus, cadastrou-se recentemente e recebeu, pela primeira vez, a doação do Governo do Estado.

A presidente da Associação, Rosa Andrade, disse que todas as famílias cadastradas na Associação são de baixa renda, são crianças e idosos, que precisam dos alimentos. É um trabalho de ajuda de muito tempo.

Maria do Socorro (65), recebe em casa apenas um auxílio de R$ 600 reais. Junto com ela, moram a filha e o neto de 5 anos. “Sou diabética e preciso me alimentar bem. Com a doação também vou conseguir fazer uma saladinha e outras coisas”, disse Maria

Nos últimos anos, alimentação, desperdício e fome têm sido temas recorrentes. O governador do Estado do Amazonas Wilson vem, ao longo de sua gestão desenvolvendo algumas estratégias para minimizar o problema da fome, outro programa social do Governo do Estado que auxilia no combate à insegurança alimentar é o Prato Cheio, que tem como público-alvo as pessoas em situação de vulnerabilidade, entre as quais desempregados, pessoas com deficiência, trabalhadores informais e mulheres que chefiam famílias e que se encontram em situação de extrema pobreza, pobreza ou baixa renda. Desde a sua implementação, mais de 8 milhões de refeições foram servidas na capital e no interior.

O programa tem 44 unidades em funcionamento, sendo 18 em Manaus e 26 no interior. É dividido em dois serviços distintos: nos restaurantes populares, o almoço é vendido pelo valor simbólico de R$ 1, de segunda a sexta-feira, das 11h às 13h. Nas cozinhas populares, a sopa é gratuita e cada pessoa atendida tem direito a 1 litro do alimento, de sabores variados, de segunda a sábado, também das 11h às 13h.

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