Susam cria Comitê de Combate ao Aedes aegypti

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O secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, assinou portaria, no último sábado, 2 de janeiro, criando o Comitê de Combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika vírus, este último relacionado a casos de microcefalia (malformação do crânio que pode deixar sequelas graves em recém-nascidos).

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 O trabalho a ser desenvolvido pelo Comitê, que reunirá profissionais de 14 instituições do Amazonas, é o de monitoramento da situação epidemiológica, avaliação de medidas para controle da proliferação do mosquito, além de articulação e integração intersetorial e interinstitucional para o desenvolvimento de ações em parceria, no Estado.

Segundo o diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, a comissão contará com uma equipe para analisar e criar estratégias no combate ao mosquito. O comitê foi formado em decorrência da situação de emergência decretada em dezembro pelo Governo do Amazonas, em virtude da probabilidade de desencadeamento de situações epidemiológicas das referidas doenças, no Estado.

A vigência do decreto é de 180 dias e tem caráter preventivo, já que os números de Dengue, Chikungunya e Zika vírus, no Amazonas, estão dentro da normalidade.

Comitê de Apoio – Também já está em funcionamento, no Amazonas, desde dezembro, o Comitê de Apoio ao Monitoramento, Prevenção e Controle dos casos de Microcefalia, criado pela Secretaria Estadual de Saúde (Susam). Os dois comitês têm atuação distinta, conforme explica Albuquerque, mas que se complementam e fortalecem as ações em torno do combate ao mosquito e o controle e monitoramento de eventuais casos de microcefalia relacionados ao Zika vírus.

 O Comitê de Apoio ao Monitoramento, Prevenção e Controle dos casos de Microcefalia tem a função de assessorar tecnicamente a gestão e os serviços de saúde na elaboração de normas e procedimentos direcionados à prevenção, controle e tratamento da malformação. Além disso, monitorar a evolução de possível epidemia e propor investigações e pesquisas que possibilitem aumentar o grau de conhecimento da doença, também visando sua prevenção e controle.

 Equipe multidisciplinar – O Comitê de Combate ao Aedes aegypti, explica Albuquerque, terá a participação de outras instituições. “É importante contar com uma equipe multidisciplinar e de diversas instituições, para ampliar a divulgação do combate à proliferação do Aedes aegypti”, ressalta Albuquerque.

 Além de técnicos da FVS e Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado (FMT- HVD), que são vinculadas à Susam, o órgão vai convidar, para participar do comitê, representantes das seguintes instituições: Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) estadual e municipal, Secretaria Estadual de Educação e Qualidade de Ensino (Seduc), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Ministério Público do Estado (MPE), Secretaria Estadual de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus (SRMM), Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, Subcomando de Ações da Defesa Civil do Amazonas, Superintendência Estadual da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Ministério da Saúde – Amazonas, Secretaria de Comunicação do Estado e Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Estado e Câmara Municipal de Manaus.

De acordo com Bernardino, ainda não há nenhum registro confirmado de microcefalia associada ao Zika vírus, no Estado, apenas casos suspeitos, que estão sendo monitorados.

Indicadores – Segundo o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias, foram notificados 81 casos suspeitas de Zika vírus em Manaus. Quatro já foram descartados. Dois foram confirmados, com transmissão autóctone (infectados dentro do estado). Ainda permanecem em investigação 75 casos, dentre eles 14 gestantes.

Conforme dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), em 2015, em todo o Estado, foram registrados 7.191 casos de Dengue. Em relação à febre Chikungunya, neste ano foram notificados 152 casos da doença no Amazonas, somente 12 confirmados, 75 descartados e 65 permanecem sob investigação. Dos 12 casos confirmados, cinco foram de transmissão autóctone e os sete restantes “importados” (o doente foi infectado fora do estado).

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