Manaus (AM) — A tradicional celebração de Corpus Christi reuniu milhares de fiéis no Centro Histórico de Manaus, na quarta-feira (19), em uma manifestação pública de fé e esperança. Organizada pela Catedral Metropolitana, a solenidade teve como tema “Eucaristia: Pão da Esperança” e contou com missa campal, procissão e momento de adoração ao Santíssimo Sacramento.
A programação começou no período da tarde com a Santa Missa celebrada na Praça do Congresso, presidida pelo arcebispo de Manaus, Cardeal Leonardo Steiner, e concelebrada por padres da arquidiocese. O altar usado na celebração remete ao Congresso Eucarístico Nacional realizado em Manaus, em 1975, e foi apresentado como símbolo do jubileu e memória da fé.
Em sua homilia, o cardeal destacou a importância da partilha e da solidariedade, recordando a multiplicação dos pães narrada no Evangelho. “O pouco pode ser uma bênção quando se reparte. Nós vimos isso em Manaus durante a pandemia. Houve partilha e ninguém precisou passar fome”, afirmou.
Após a missa, os fiéis seguiram em procissão até o Santuário Nossa Senhora de Fátima, carregando o ostensório com o Santíssimo Sacramento pelas ruas da cidade. O momento de adoração foi marcado por cânticos, orações e bênçãos aos participantes.
Durante o evento, o bispo auxiliar Dom Zenildo Lima anunciou um decreto litúrgico que insere a invocação a São Joséna Oração Eucarística V, exclusiva da Igreja no Brasil. “São José foi o pai do Pão da Esperança. Queremos que ele esteja presente em nossas orações, como sinal de cuidado e proteção”, declarou.
A celebração também marcou o Jubileu dos Peregrinos da Esperança, com a presença dos Ministros Extraordinários da Eucaristia, da Palavra e das Exéquias, homenageados pelo serviço pastoral prestado nas comunidades, especialmente junto a doentes e idosos. “Obrigado por levarem Jesus aos que não podem vir à missa. Vocês são sinais do pão que fortalece, consola e alimenta a esperança”, agradeceu o cardeal.
A Solenidade de Corpus Christi reafirma o sentido da presença real de Cristo na Eucaristia, convidando os fiéis a se tornarem também sinais vivos de esperança no mundo. “Levemos o pão da esperança, levemos o dom da fé. Assim, seremos bênção para os outros”, concluiu o arcebispo.
Com informações da Arquidiocese de Manaus
