Agentes comunitários de saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) visitaram 65 locais denunciados pela população no Disque Saúde (0800.280.8.280) com focos do mosquito Aedes aegypti, nesta última sexta-feira, 15. O objetivo é o combate direto aos criadouros do mosquito, a fim de evitar novos casos de dengue, chinkungunya e o zika vírus.
Somente no mês de dezembro, a Semsa recebeu 617 reclamações no 0800 e todas estão sendo checadas pelos agentes da Prefeitura de Manaus para eliminação imediata dos focos do mosquito. A chefe do setor de endemias do Distrito de Saúde Sul, Aideleny Freitas, disse que após as denúncias, a Semsa colocou equipes na rua para combater ao mosquito. “As equipes têm contado com o apoio do drone para sobrevoar os locais de difícil acesso ou fechados”, contou.
O primeiro estabelecimento comercial vistoriado nesta sexta foi uma pizzaria, localizado na avenida Djalma Batista. Segundo Freitas, o local já havia sido visitado anteriormente por técnicos da Semsa e o proprietário orientado a tomar providências, pois a pizzaria mantinha uma caixa d’água sem tampa. “O local estava fechado durante a visita e foi vistoriado pelo drone, que comprovou que a situação estava regular”, contou.
Os agentes encontraram larvas do Aedes aegypt em uma oficina mecânica, localizada no bairro de Flores. O responsável pela oficina, Patrick Ferreira, após orientações dos técnicos da Semsa, se comprometeu em contribuir para a eliminação das larvas. “Estou sendo orientado a tomar as devidas providências. Vou tirar os pneus com água para que a gente possa eliminar os mosquitos”, afirmou.
De acordo com Aideleny Freitas, o local será incluído como ‘Ponto Estratégico’ (PE) para monitoramento a cada 15 dias. Na zona Sul, atualmente existem outros 100 pontos estratégicos.
População está cooperando
A receptividade da população quanto à atividade de vistoria realizada pelos agentes de saúde nas residências tem se constituído em fator importante para tornar efetiva a ação. “Não temos encontrado dificuldades. Creio que a divulgação que está sendo feita e o receio de contrair, principalmente, o zika vírus, leva a população a cooperar ainda mais”, contou o agente de endemias, Gilson Pinto, do Distrito de Saúde Leste.
A declaração do agente de saúde, Gilson Pinto foi comprovada durante visita à residência do pintor, Alberino Silva Teixeira, morador na rua Mascarenhas de Moraes, 316 – Coroado II.
Além de facilitar o ingresso dos agentes de saúde, os profissionais dos veículos de comunicação também tiveram acesso à residência, em especial ao quintal, onde o morador dispunha de um caixa d’água. No local foram encontradas larvas do mosquito. “Tenho sempre cuidado com o lixo e em não juntar água, mas ultimamente me descuidei por causa de um parente que estava hospitalizado”, tentou justificar o morador.
No local, os agentes de endemias ainda realizaram demonstração chamada de tratamento focal, com a colocação de produto químico, o que torna possível a utilização da água para uso doméstico na lavagem de roupa, louça e até para o banho.