Secretário de Saúde determina abertura de sindicância em Hospital de Jutaí

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O secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, anunciou a abertura de sindicância para apurar as circunstâncias do atendimento prestado aos bebês gêmeos prematuros nascidos no Hospital de Jutaí, no último dia 27. O secretário considerou grave o fato de o hospital não ter acionado a Secretaria Estadual de Saúde (Susam), informando da situação, para que pudesse providenciar UTI aérea, serviço que é adotado em casos de emergência nos municípios do interior.

criança

O secretário tomou conhecimento do caso dos bebês no final de semana e já na manhã desta segunda-feira, 1º de fevereiro, enviou ao município uma equipe formada por três técnicos da Secretaria Adjunta de Atenção Especializada do Interior, para iniciar o trabalho de apuração.

Um dos gêmeos prematuros, que apresentava maior fragilidade respiratória, foi a óbito poucas horas após o nascimento. O outro bebê, que já havia recebido alta hospitalar, voltou a ser internado na noite de domingo, dia 31. Em virtude disso, o secretário determinou o envio de uma UTI aérea ao município (distante 750 quilômetros da capital), para remover o recém-nascido para Manaus. A criança chegou às 18h30 e foi levada para a Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais da Maternidade Ana Braga.

Embora o médico que atendeu a criança no Hospital de Jutaí não tenha solicitado suporte intensivo para remoção – uma vez que o bebê está com o quadro estável, fazendo apenas uso de oxigênio em intervalos – a Susam considerou mais seguro removê-la em aeronave do tipo UTI. Além disso, para evitar que a criança fosse removida primeiramente para o município de Fonte Boa – Jutaí não dispõe de aeroporto –, a aeronave escolhida para montar a UTI foi do tipo anfíbio, permitindo acesso direto ao município.

Acionada pela Susam, ainda no final de semana, a direção do hospital de Jutaí informou que os gêmeos nasceram prematuros (de 7 meses) e que a menina tinha um quadro pulmonar mais debilitado. Mesmo tendo sido submetida aos mesmos procedimentos que o irmão (que já recebeu alta do hospital), não resistiu devido ao quadro de infecção respiratória aguda de etiologia alveolar, ocasionada por síndrome de membrana hialina, principal complicação de prematuridade.

A direção destacou que a falta da máscara de venturi – que não estava disponível na unidade e que foi substituída pelo material improvisado de garrafa pet – não teria contribuído para o óbito do bebê. A Susam reitera que as circunstâncias do atendimento estão sendo apuradas, para as medidas cabíveis, além das providências imediatas já adotadas. O médico que realizou o procedimento é contratado pela Prefeitura de Jutaí.

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