Secretária pede celeridade em processos de casos de abuso sexual de crianças e adolescentes

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Nesta segunda-feira, 30, a secretária municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh), Goreth Garcia Ribeiro, e a missionária Giustina Zanato, estiveram no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) para uma reunião com a presidente do órgão, desembargadora Graça Figueiredo, pedindo celeridade nos processos que envolvem uma rede de pedofilia no município de São Gabriel da Cachoeira, no interior do Amazonas.

DIEGO CAJA (2)

“Fui procurada pela irmã Giustina para intermediar uma reunião com a desembargadora. Apesar do caso ter sido investigado pela Polícia Federal, há dois anos, os envolvidos ainda não foram ouvidos pela Justiça. Não podemos aceitar a impunidade, seja ela onde for. Aproveitei o momento para pedir também uma busca pelos processos desta natureza que foram cometidos em Manaus”, afirmou a secretária Goreth Garcia Ribeiro. Irmã Giustina atuou em São Gabriel da Cachoeira como presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e atualmente mora em Moçambique, na África.

A presidente do Poder Judiciário entrou em contato com a juíza titular de São Gabriel da Cachoeira, Tânia Mara Granito, que se averbou impedida de julgar os processos por motivo de foro íntimo. O juiz de Santa Isabel do Rio Negro, Diego Brum, está como responsável pelo julgamento dos processos.

Ao fim da reunião, foi discutida a possibilidade de uma parceria entre a Semmasdh e o Tribunal de Justiça para a criação de uma sala com escuta humanizada para a Vara Especializada no Atendimento às Crianças Vítimas de Violência Sexual.

“Desde os primeiros encontros, a desembargadora Graça Figueiredo tem se mostrado uma pessoa sensível ao trabalho que a Prefeitura de Manaus desenvolve para o combate da exploração de crianças e adolescentes. A partir da conversa de hoje, vamos desenvolver ações em conjunto. Estamos presentes em grandes eventos e neste Natal estaremos nas ruas chamando a atenção da população para a importância da participação de todos no combate a essa situação tão sórdida que é a exploração sexual infantojuvenil”, concluiu a secretária da Semmasdh.

A rede de exploração sexual de menores, em São Gabriel da Cachoeira, foi descoberta durante a Operação Cunhatã, da Polícia Federal (PF), em 2013. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária e um mandado de condução coercitiva. Os crimes foram denunciados ao Conselho Tutelar de São Gabriel da Cachoeira por familiares de 12 meninas. Entre os homens estavam pessoas influentes na cidade, entre eles, empresários do comércio, um ex-vereador, militares do Exército e um motorista.

Em depoimentos à Polícia Civil, elas relataram como foram exploradas sexualmente e indicaram nove homens como os autores dos crimes. Algumas das meninas exploradas foram ameaçadas de morte pelos comerciantes e obrigadas a mudar para casas de familiares para se sentirem mais seguras.

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