Procissão do Senhor Morto reúne milhares de fiéis em Manaus

SOCORRO MAIA – MTB - 1370 - JORNAL VOZ DA AMAZÔNIA - EDIÇÃO Nº 7
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Foto: Socorro Maia/portaldoamazonas.com

MANAUS – AM | Na Sexta-Feira da Paixão, celebramos de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, milhares de fiéis, católicos acompanharam a procissão do Senhor Morto, realizada na sexta-feira da Paixão (07.04), com início às 9h, com a Via – Sacra conduzida pelo Cardeal da Amazônia Dom Leonardo Steiner, que saiu da Catedral de Manaus, Nossa Senhora da Conceição, do centro da capital para o Santuário de Fátima, na Avenida Tarumã, bairro Praça 14 de Janeiro.

A frente da Procissão esteve Arcebispo Metropolitano de Manaus, Cardeal Dom Leonardo Stainer, acompanhado de um verdadeiro tapete humano, os fiéis demonstravam devoção com louvores e adorações, a celebração religiosa seguiu em procissão com a imagem do Senhor Morto e as imagens de Verônica e Nossa Senhora das Dores, o trajeto percorreu as ruas do centro de Manaus com saída do Santuário de Fátima, até a Catedral onde a imagem do corpo de Jesus foi venerada por milhares de pessoas que faziam suas preces. Neste momento de intensa reflexão, Dom Leonardo nos explica o significado da Via-Sacra.

“Via significa caminho, rua, estrada sagrada, caminho sagrado, meditamos o caminho que Jesus percorreu até a morte, e nós celebraremos a ressureição de Jesus, em cada uma das estações nós vamos meditando também o nosso sofrimento, o caminho de dor que nós fazemos, que a humidade faz, esse é o momento de recolhimento, onde nós nos inclinamos sobre o sofrimento humano, e a morte humana, para descobrirmos um sentido novo, a dignidade da pessoa humana, a grandeza da pessoa humana que nos aponta sempre para a esperança” destacou o Cardeal Stainer.

“Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?”, foi a única pronunciada na cruz por Jesus, é momento mais doloroso, é o sofrimento do espírito de Cristo. Quando olhamos para Jesus crucificado, nosso coração dói, muitos foram os sofrimentos que Jesus padeceu para nos salvar do domínio do mal, tanto no corpo quanto na alma, a Igreja nos propõe a transformar essa dor, em perdão, amor de piedade, ternura e compaixão, compartilhando não somente os ensinamentos de Jesus Cristo, mas também o seu espírito eterno, a plenitude da vida, e assim nos ajuda a mergulhar na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Não podemos permitir que a esperança nos abandone, Papa Francisco nos diz que da Cruz, brotou o perdão, renasceu a fraternidade: a Cruz torna-nos irmãos.

Foto: Arquidiocese de Manaus

Quando sofremos pelo bem, estamos em comunhão com o Senhor, é o momento que precisamos lembrar dos crucificados de hoje, o sofrimento dos doentes, dos pobres, dos invisíveis deste mundo fazendo com que compreendamos toda a luz  a alegria  e esperança que brotam da morte e ressurreição de Cristo.

“É tão bonito e significativo vermos que as pessoas este ano tem a liberdade de participar mais intensamente, da oração da Via-Sacra, que todas as pessoas que vão participar desse momento celebrativo possam realmente compreender que o nosso fim não é a morte é a vida, que o sofrimento também tem sentido porque pode ser transformativo”, explica Dom Leonardo.

 

Jesus foi humilhado, caluniado, cruelmente sacrificado, porém, a Cruz não é o fim de tudo, a vida não termina na morte, os nossos sofrimentos podem se tornar fontes de esperança, amor e fé, é o sofrimento que engrandece aquele que sofre. A Cruz é a testemunha da fidelidade de Jesus com o nosso Pai, a Cruz é o novo início, é a morte que se transforma em vida, é a suprema lei do Amor.

Papa Francisco nos leva a refletir sobre a imagem de Jesus Crucificado dizendo:  ‘’Toda vez que fixamos o olhar na imagem de Cristo crucificado, pensamos que Ele, como verdadeiro Servo do Senhor, cumpriu Sua missão dando a vida, derramando Seu sangue para a remissão dos pecados”

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