Em busca da solução para os problemas de furto, vandalismo e ameaças enfrentados por educadores, alunos e pela própria comunidade que vive nos entornos das escolas municipais, a Prefeitura de Manaus está montando uma força-tarefa para traçar novas estratégias desegurança escolar.
A primeira reunião para debater o dia a dia das escolas municipais e apresentar propostas para as dificuldades enfrentadas foi realizada no auditório da Associação para o Desenvolvimento Coesivo da Amazônia (Adcam), localizada no loteamento Castanheiras, bairro São José 4, zona Leste. O evento reuniu mais de 200 educadores das zonas Norte e Leste de Manaus, além de representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria de Estado de SegurançaPública (SSP-AM) e do Centro de Operações em Segurança Escolar (Cose).
Para o prefeito Arthur Virgílio Neto, além das ações de fortalecimento do processo de ensino e aprendizagem, das melhorias nas condições de trabalho e valorização dos educadores, asegurança pública também é prioridade. “Estou dando ‘carta branca’ à Semed para fazer um trabalho que una melhorias pedagógicas com maior segurança à comunidade escolar. Confio no trabalho do secretário Sérgio Fontes e no funcionamento pleno da segurança das forças públicas”, destacou.
Atualmente, o Cose disponibiliza 534 câmeras de monitoramento da rede municipal de ensino, sendo que algumas escolas possuem duas e outras quatro câmeras. Além disso, é usado parasegurança um sistema de controle de acesso nas entradas das escolas, ou seja, uma fechadura elétrica com leitor de cartão de proximidade, interfone para quem não tem cartão, sistema de alarme, com um trabalho de 24 horas. Quando o sinal é acionado, o Cose encaminha uma equipe para verificar a ocorrência e, em muitos casos, também acionam a polícia pelo 190.
“Essa estratégia foi implantada em 2009, naquela época a estrutura de operações eram bem melhores, tendo em vista que a nossa rede de educação era bem menor. Passados seis anos, temos um cidade diferente, com aumento populacional e aumento da violência, além de uma série de questões que precisam ser aprimoradas”, pontuou a secretária da Semed, Kátia Schweickardt.
Ainda segundo a secretária, são mais de 230 escolas localizadas em ‘zonas vermelhas’. “Precisamos fortalecer o Cose e firmar parcerias mais efetivas para a educação e para asegurança. Estamos confiantes que encontraremos um caminho para vencer essa guerra contra a violência nas escolas”, finalizou.
Garantia
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, garantiu que intensificará a presença das viaturas do Ronda nos Bairros nas proximidades das escolas para coibir qualquer tipo de violência aos professores e à comunidade escolar.
“Desde abril deste ano tivemos o retorno de todo potencial de patrulhamento do Ronda no Bairro. A partir de agora, nós queremos estabelecer uma linha de denúncia e ouvir a sociedade para saber do gestor local se o policiamento está sendo efetivo ou não. Vamos trabalhar para manter uma linha com o Cose para que possamos responder mais rapidamente às ocorrências”, garantiu.
Propostas
Representante do comitê gestor da Divisão Distrital Zonal Leste 2 (DDZ 6) da Semed, Marcos Paulo Braga, apresentou algumas propostas, como uma maior dinâmica do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) e a presença maior dos agentes de portaria, entre outras questões.
“Esse encontro vem para dar uma resposta e colocarmos uma propositura do que pode ser feito e deve ser feito para que esse quadro melhore. A questão da violência e drogas nas escolas está muito grande e isso repercute diretamente na questão educacional de nossos alunos”, avaliou Marcos Paulo.
Já para Ana Nery Dantas, representante do comitê gestor da DDZ 4, as escolas da zona Norte precisam de uma atenção especial. “Temos muitas escolas grandes e com adolescentes, precisamos que sejam monitoradas nas horas de entrada e saídas em todos os turnos, mas em especial no noturno. É preciso que as viaturas façam ronda ostensiva nesse período para minimizar a questão da segurança”, frisou.