A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) apresentou, na quinta-feira, 26, no auditório do Centro de Educação do Amazonas, zona Centro-Oeste, o Plano de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Malária em Manaus para 2016, durante cerimônia presidida pelo governador José Melo.
Estavam presentes alguns prefeitos e coordenadores de endemias de 13 municípios considerados prioritários para ações de combate da doença, como Barcelos, Santo Antônio do Içá e Beiruri.
Representando o prefeito Arthur Neto, o secretário municipal de saúde de Manaus, Homero de Miranda Leão, comentou sobre o aumento no número de notificações de casos na capital e as ações já previstas para o que haja uma redução futuramente.
“Em agosto e setembro deste ano, tivemos um aumento de 119% em relação ao mesmo período do ano passado. É um aumento que não gostaríamos de ver. Além da distribuição dos mosquiteiros, vamos focar na educação permanente da população que precisa se proteger no horário em que o mosquito mais ataca, entre 18h e 19h. Em paralelo, vamos tratar de forma rápida o paciente infectado para que deixe de transmitir”, informou o secretário da Semsa.
“O objetivo do Plano de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Malária em Manaus é reverter a curva de crescimento da doença. Envolve, prioritariamente, 70 localidades que detêm 90% das notificações de casos no município, no período de janeiro a setembro de 2015. Temos 1.070 comunidades cadastradas. Destas 400 apresentaram notificações, sendo que 20 delas representam 50% dos casos. Cinco são áreas de invasão como, por exemplo, a Coliseu, Jefferson Peres, Cidade das Luzes e Abelha”, destacou o assessor técnico da Subscretaria de Gestão da Saúde da Semsa, Romeo Fialho.
O governador José Melo anunciou que a meta é reduzir em 20% os casos de malária no Amazonas. Para isto serão investidos mais de R$ 4 milhões, sendo R$ 2,6 milhões para compra de combustível e equipamentos como máquinas de termonebulização, bombas borrifadoras, motores de popa, microscópios e motocicletas e R$ 1,6 milhão na distribuição de 40 mil mosquiteiros com inseticidas para moradores das áreas de maior incidência do mosquito transmissor. “Conseguimos os recursos, agora contamos com o envolvimento firme dos prefeitos nesse combate. É preciso que hajam medidas pedagógicas junto a população para que se proteja entre seis e sete da noite”, disse o governador, em tom de apelo.
Segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), no período de janeiro a outubro de 2014, o Estado registrou 59.023 casos. Este ano, no mesmo período, foram 63.746 notificações. Um aumento de 7% na curva desta doença no Amazonas.
