Pesquisadora brasileira descobre duas novas espécies de aranhas não venenosas

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Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a pesquisadora Lidianne Salvatierra Paz Trigueiro divulgou uma descoberta na área de biodiversidade. Contemplada pelo edital n° 018/2013 do Programa de Apoio à Excelência Acadêmica (Pró-Excelência), Trigueiro descobriu duas novas espécies de aranhas que não possuem veneno. Seu artigo será publicado no volume 43 (n°3) da revista Journal of Arachnology of North American – Qualis B1.

Pesquisa

O artigo faz parte do projeto de doutorado da pesquisadora e a descoberta foi feita durante uma curta visita à coleção da California Academy of Science, de San Francisco, Califórnia.

“O artigo trata especificamente da descrição de duas novas espécies de aranhas do gênero Tangaroa das llhas Cook, na Oceania. As espécies foram nomeadas de Tangaroa pukapukan e Tangaroa vaka. Nós escolhemos os nomes das espécies usando nomes com significados culturais. “Pukapukan” é um dos idiomas falados nas ilhas e “vaka” é o nome de uma canoa”, disse Trigueiro.

A pesquisa conta ainda com a colaboração da doutora Ana Lúcia Tourinho, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do doutor Antonio Brescovit, pesquisador do Instituto Butantã, associado à Universidade de São Paulo (USP). Todo trabalho foi realizado na George Washington University durante o doutorado sanduíche que Trigueiro cursou nos Estados Unidos.

“Para a comunidade científica, cada espécie nova é um avanço no estudo e conhecimento da biodiversidade do planeta. Para a comunidade leiga, as aranhas ainda são temidas e discriminadas como animais perigosos, mas são na verdade um dos grupos mais fascinantes do mundo animal. O nosso estudo traz uma informação já conhecida no meio da ciência, porém nova para a população, que é a existência de aranhas sem veneno. Das quase 46 mil espécies de aranhas no mundo, 274 não possuem veneno”, revelou Trigueiro.

Lidianne Trigueiro disse ainda que o resultado de sua descoberta traz à comunidade científica a apresentação de duas novas espécies de um grupo que teve a última espécie descrita há mais de 30 anos, “o trabalho apresenta imagens de alta qualidade usando microscopia de varredura, e para a sociedade o impacto do estudo é diferente, pois essas descobertas ajudam a despertar o interesse da população por esses animais. O acesso ao conhecimento ajuda a diminuir o preconceito e a aumentar a consciência sobre a preservação”, ressaltou.

O apoio da Fapeam a essas descobertas tem crescido e para muitos é primordial para o aprimoramento de pesquisas. Para Lidianne, contemplada uma vez pelo Programa de Apoio à Participação em Eventos Científicos e Tecnológicos (Pape) e duas vezes pelo Pró-excelência, o apoio da Fapeam é fundamental.

“O sistema permite que os próprios estudantes submetam suas propostas, isso ajuda a desenvolver a habilidade dos jovens pesquisadores em captar recursos. Os recursos homologados ajudam a financiar viagens para visitas a museus, coletas, compra de material e outras etapas de projetos. A contemplação nos editais da Fapeam é um reconhecimento pelo nosso trabalho e é mais um incentivo para continuarmos desenvolvendo e aprimorando a nossa pesquisa”, finalizou.

Pró-Excelência – O edital n° 011/2015 está com inscrições abertas para o adicional de excelência acadêmica até o dia 30 de dezembro de 2015.

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