‘Operação Cetano’ deflagrada pela Secretaria Executiva Adjunta de Operações Especiais (Seoap), órgão da Secretaria de Segurança Pública prendeu mais de 25 pessoas ligadas a uma organização criminosa, acusadas de participarem de um esquema de desvio de Diesel de caminhões de combustíveis, em Manaus.
A quadrilha faturava mais de R$ 1 milhão por mês. A investigação durou aproximadamente seis meses, segundo informou o secretário adjunto de operações, Orlando Amaral.
Os integrantes da quadrilha começaram a ser presos nesta madrugada em vários locais da cidade. O líder da organização criminosa foi identificado como Cláudio Carlos Saraiva, que foi preso na manhã de hoje.
A polícia conseguiu apreender armas de fogo, dinheiro, quatro motos, 16 carros, cinco caminhões, caminhões-tanques e uma lancha.
Ao todo, 150 policiais estão percorrendo as zonas da capital, para cumprir 32 mandados de prisão.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, a ação teve o principal objetivo de combater o desvio de combustível e crimes voltados à lavagem de dinheiro, que ainda serão investigados. “Estamos em um momento de aumento de taxas e de contas, e crimes como esse também ajudam a afetar o bolso do consumidor. O desvio de combustível era grande, cerca de 500 mil litros por mês, onde avaliamos quase R$ 1 milhão de reais. A quadrilha hoje foi desarticulada nessa operação que foi muito bem planejada pela Secretaria de Segurança e Polícia Civil”, disse.
Ainda de acordo com o secretário, o Estado e a União estavam tendo grandes prejuízos com a fraude, que onerava o fornecimento de energia. “O Estado subsidia esse combustível que abastece as termoelétricas, logo, por conta do esquema, era preciso adquirir muito mais óleo para manter o funcionamento das termoelétricas”, conta.
Ele ressaltou que as investigações apontam que os caminhões saiam da distribuidora no Distrito Industrial com destino às termoelétricas e antes de chegar ao destino, o furto de combustível era efetuado, com auxílio de outros caminhões-tanque. Outra maneira de furtar da quadrilha ocorria também nas termoelétricas, onde a quantidade de óleo diesel recebida, inferior ao que havia saído da distribuidora, era atestada por funcionários como se não houvesse irregularidades.