O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, informou à senadora Sandra Braga (PMDB-AM), nesta terça-feira (20/05), que, além da ajuda emergencial aos atingidos pelas cheias no Amazonas, vai contribuir com a presença do Banco do Brasil (BB), da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco da Amazônia (BASA) nas cidades que já têm decreto de reconhecimento de estado de emergência, para renegociar as dívidas ou concessão de crédito a famílias atingidas.
A afirmação do ministro foi feita em resposta às indagações da senadora, durante audiência conjunta das Comissões de Meio Ambiente, de Turismo e de Acompanhamento das Obras da Transposição do São Francisco para ouvir Gilberto Occhi. O ministério da Integração também está solicitando aos prefeitos que os trabalhadores que têm recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) possam sacá-los para “recuperar um pouco suas vidas e levantar suas casas”.
Ao lembrar que são mais de 20 os municípios em situação de emergência no Amazonas, a senadora indagou se o governo federal já definiu uma estratégia nacional, com vistas a reduzir os efeitos das inundações que a cada ano desalojam milhares de famílias em diversas cidades atingidas pelas cheias dos grandes rios no interior do Amazonas.
Occhi quer participar da prevenção em trabalho conjunto com outros ministérios. “As obras preventivas são muito mais difíceis e muitas vezes são próprias do Ministério das Cidades. Mas nós queremos participar dentro de uma Política Nacional de Defesa Civil, para que os demais ministérios tenham uma sintonia maior e possamos trabalhar efetivamente na questão preventiva”, explicou, colocando o ministério à disposição da senadora.
O secretário nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior, disse à Sandra Braga que não há como prevenir o problema das cheias do AM, uma vez que não há uma obra que se possa fazer, como uma barragem..”Temos é que tentar mitigar para que a cheia aconteça, mas que não cause danos.
A Defesa Civil pediu às prefeituras para elevar mais as casas ou fazer casas flutuantes, evitando, assim, que as cheias atinjam as moradias. Mas a legislação não permite que ela aplique recursos em áreas de risco, apenas retire as pessoas. Como, em muitos casos, a população se recusa a deixar as áreas o general sugere que, em vez de fazer uma prevenção, se faça a mitigação. “Vamos trabalhar uma forma de ser viável nosso apoio, para que estado possa elevar as casas ou fazer casas flutuantes. Vamos estudar isto”, propôs.
“Em relação à Anamã, creio que esta solução de levantar as casas pode ajudar”, concordou a senadora, lembrando que é muito importante apressar uma solução, sobretudo nas escolas e hospitais, porque a tragédia acontece todo ano. “Sei que vocês estão atentos e que o general faz monitoramento diário, mas estes estudos poderiam continuar juntamente com outros ministérios, como o das Cidades, para que a gente tenha esta solução”, cobrou Sandra Braga.