Itamarati é um município do interior do estado do Amazonas, Região Norte do país. Pertencente à Microrregião de Juruá e Mesorregião do Sudoeste Amazonense, localiza-se a sudoeste da capital do estado, distando desta cerca de 983 km.[7] Ocupa uma área de 25 275 km², sendo que 0,3682 km² estão em perímetro urbano,[4] e sua população foi estimada no ano de 2016 em 8 153 habitantes, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),[3], o que faz do município o segundo menos populoso do estado superando apenas Japurá.[8]
O bioma amazônico predomina na vegetação encontrada no município, assim como em grande parte dos municípios amazônicos. Sua taxa de urbanização em 2010 era de 55,64%.[9] e o seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) era de 0,477 no ano de 2010, considerado muito baixo em relação ao estado.[5].
Itamarati foi o município do Amazonas que registrou os melhores índices de educação nos últimos anos. De acordo com dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), o município registrou em 2011 5,1 pontos nos primeiros anos do ensino fundamental, e 4,9 pontos nos últimos anos da mesma modalidade de ensino.[10]. Comparando com outros municípios amazonenses, Itamarati obteve a melhor posição em 2009, e a segunda melhor posição em 2011, ficando atrás apenas de Nhamundá.
O transporte no município é basicamente fluvial, sendo que este não dispõe de acesso a outras cidades por meio de rodovias. Isto se deve grandemente ao fato de a cidade estar situada em uma área de floresta densa. O transporte aéreo é escasso.
História
A história do município de Itamarati é fortemente ligada à do município de Carauari, cujas origens se prendem à Tefé.[12]
Tefé chegou a ser o maior município do Brasil e do mundo em área territorial, possuindo uma área de 500.000 quilômetros quadrados em meados do século XIX.[12]Posteriormente, houve vários desmembramentos de seu territórios, para constituírem novos municípios autônomos. Assim sendo, em 1911, criou-se o município de Xibauá, que passou a denominar-se Carauari dois anos depois, em 1913.[12] Carauari, no entanto, foi extinto em 1930, mas foi restaurado em 1931.[12]
Em 10 de dezembro de 1981, com uma nova redivisão territorial no Amazonas, que acabou por criar diversos municípios no estado, a vila de Itamarati é elevada à categoria de município autônomo do Amazonas, através da Emenda Constitucional nº 12 daquele ano.[12] O território de Itamarati é desmembrado de Carauari e de parte da área territorial do município vizinho de Tapauá.[12]
Geografia
O município de Itamarati está localizado no estado do Amazonas, na Mesorregião do Sudoeste Amazonense, que engloba 16 municípios do estado distribuídos em duas microrregiões, sendo que a microrregião à qual o município pertence é a Microrregião do Juruá, que recebe esse nome em virtude do rio Juruá e reúne sete municípios: Carauari, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati e Juruá.[1] Itamarati está distante 985 km ao sudoeste da capital amazonense.
Relevo e clima
O solo do município de Itamarati é de tipo arenoso na sua parte mais elevada, e possui uma condensação mista (argila-arenoso) nas imediações das margens do rio Juruá. As coordenadas cartesianas do município são as seguintes: 6º 45′ de latitude sul e 67º 58′ de longitude a oeste do Meridiano de Greenwich.
O clima apresentado no município é o equatorial, também chamado de tropical chuvoso e úmido. As temperaturas máximas atingem em torno dos 35 °C e as mínimas chegam a atingir 20 °C. No geral, a temperatura média registrada em Itamarati é de 27 °C.
Educação
Itamarati é tido como o município de melhor educação no Amazonas, verificando-se que o município atingiu as maiores notas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nos últimos anos. O município saltou de 1,6 pontos obtidos no indicador, em 2005, para 5,2 pontos em 2009.[16] Em 2011 houve queda na nota do município, mas ainda assim obteve uma das maiores do estado.[16] De acordo com dados do indicador em 2011, de cada 100 alunos do ensino fundamental residentes no município, 21 não alcançaram posições satisfatórias, o que gerou um fluxo de 79% de aprovação.[17] As notas padronizadas das disciplinas de língua portuguesa e matemática, tidas como as principais do ensino brasileiro, ficou em 6,42 pontos.[17] Ainda de acordo com o indicador, 65% das instituições de ensino do município atingiram a meta proposta, enquanto outros 2% registraram queda.[17]
A instituição de ensino municipal que obteve o melhor registro no IDEB em 2011 foi a Escola Municipal Francisca Gomes Lobo, que registrou 5,2 pontos.[16]Entretanto, a melhor nota obtida foi da Escola Estadual Santos Dumont, que registrou 6,3 pontos no IDEB.[16]
Além de instituições de ensino primários, não há no municípios unidades que ofereçam ensino superior.