Imagens de satélites do Inpe mostram que queimadas do oeste do Pará e RMM são responsáveis por fumaça que atinge capital do Amazonas

Dados da origem da fumaça são extraídos de satélites monitorados por instituições brasileiras e do exterior
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Fotos: Reprodução

Imagens de satélites monitorados por instituições nacionais e internacionais revelam que a fumaça que vem incomodando a população da capital amazonense e municípios do interior têm origem no oeste do Pará e na Região Metropolitana de Manaus (RMM). Nos últimos dois dias, foram registrados 334 focos de queimadas no Pará e 125 no Amazonas, sendo 24 na RMM.

Os dados são extraídos do monitoramento coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), instituição de excelência em questões como mudanças climáticas, e Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), instituição do governo norte-americano referência internacional nesse tipo de acompanhamento.

De acordo com imagens do satélite GOES-16, fornecidas pela NOAA e analisadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Manaus ainda está sob pressão do acúmulo de fumaça dos últimos dois dias nas duas localidades.

O material particulado fica mais tempo suspenso na região devido ao calor intenso e a falta de chuvas provocados pelo El Niño, uma vez que partículas de fumaça encontram dificuldades em se dispersar nessas condições.

Fotos: Reprodução

Alerta mensal

No Amazonas, o número de queimadas em novembro reduziu em 76% nos primeiros 20 dias do mês na comparação com os primeiros 20 dias do mês de outubro.

Na comparação com o ano passado, o número de queimadas no estado, do dia 1º ao dia 20 de novembro, caiu 17,6%. Os dados estão disponíveis no Painel do Queimadas, que compõe o Painel do Clima do Governo do Amazonas e utilizam como base de dados o monitoramento do Inpe.

Em igual comparativo, o estado do Pará quase dobrou o número de focos nos primeiros 20 dias de novembro. Em 2022, foram 3.460. Já em 2023, foram 6.607.

Para facilitar a leitura:

Focos de calor no mês de novembro (do dia 1º ao dia 20):

Pará: aumento de 90%

2022 – 3.460 focos

2023 – 6.607 focos

Amazonas: queda de 17%

2022 – 895 focos

2023 – 737 focos

Fotos: Reprodução

Amazônia Legal

Segundo o Inpe, na Amazônia Legal, o Pará responde sozinho por 6 em cada 10 focos de calor em novembro. Com 6.607 focos, o estado ficou com 59% dos 11.160 registros da região, que inclui nove Unidades da Federação.

Na sequência, pela ordem, aparecem Maranhão (8,4%), Rondônia (8%), Amapá (6,7%) e, só então, o Amazonas (6,6%). Completam a lista Mato Grosso, Roraima, Acre e Tocantins.

Trabalho de prevenção e combate

As forças ambientais e de segurança pública do Estado do Amazonas seguem atuando em ações de combate e fiscalização na Região Metropolitana da capital e no sul do estado.

Desde o mês de março de 2023, o Governo do Amazonas tem atuado nos municípios do Sul do Amazonas e Região Metropolitana de Manaus, no combate aos focos de incêndio. Além da Operação Tamoiotatá, estão em plena atuação as Operações Aceiro e Céu Limpo e, desde o dia 11 de outubro, houve a intensificação da presença de forças ambientais e de segurança pública no combate aos focos de queimada na RMM.

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