O novo Centro de Comercialização da Agricultura Familiar no distrito do Cacau Pirêra, no município do Iranduba (a 28 quilômetros de Manaus), deve transformar a vida dos trabalhadores rurais e de feirantes da região. O local, que está sendo construído pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), vai facilitar o escoamento e as vendas de produtos agrícolas dos trabalhadores rurais.
Com investimento de R$ 5,9 milhões, a obra contempla a construção de três galpões que vão abrigar 98 boxes destinados à comercialização de peixes, carnes e frangos e mais 28 espaços para a exposição de frutas, legumes e hortaliças oriundos da agricultura familiar praticada em Iranduba e nos municípios vizinhos.
À beira da estrada da Rodovia Manoel Urbano, que liga Manaus ao município de Iranduba, os feirantes Lucineia Fernandes, 45, e Diego de Macedo, 27, tiram diariamente o sustento para suas famílias. O improviso nas barracas e a necessidade de trabalhar fazem parte da rotina deles que veem o Centro de Comercialização da Agricultura Familiar como um local que vai oferecer melhores condições de trabalho.
“Temos sofrido muito aqui onde estamos porque não temos uma estrutura boa para trabalhar. E lá (Centro de Comercialização) espero ficar mais sossegada e pegar os clientes que vão para as outras cidades, porque muitos deles não param do outro lado da pista por causa da fiscalização de trânsito. Tenho fé que as coisas vão mudar”, disse Lucineia, que trabalha há mais de dez anos como feirante na região do Cacau Pirêra.
Nessa mesma expectativa está o jovem Diego de Macedo, que vende frutas no local. “Onde trabalhamos estamos arriscando as nossas vidas por causa dos carros que passam em alta velocidade. Além disso, é sol e chuva toda hora, e isso dificulta muito. Mas a nossa grande expectativa é ir para esse novo lugar porque vamos ter outra estrutura”, comenta.
As obras do Centro de Comercialização estão com 60% de conclusão. Em fase de acabamento estão as estruturas dos boxes, o prédio administrativo e as estruturas metálicas em um dos galpões. Estão também em construção a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no local para que ocorra o reaproveitamento da água para lavagem da feira, assim como a colocação dos pisos no setor de hortifruti.
“Estamos fazendo de tudo para acelerar as obras, que devem fazer a diferença na vida de muitos trabalhadores rurais que precisam de outra alternativa de trabalho”, disse o encarregado da obra, Eric Albuquerque.