Em uma Sessão Especial e histórica a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) realizou hoje, sexta-feira (23),na sede do Comando Militar da Amazônia (CMA) uma reunião oficial dentro da unidade do Exército.

Durante a palestra explanada pelo comandante do Comando Militar da Amazônia (CMA), general de Exército Theophilo Gaspar de Oliveira, onde mostrou o painel denominado “Guerra na Fronteira”, um levantamento extremamente minucioso foi apresentando, o militar estava armado com dados oficiais,a imensa lista de irregularidades que assolam as fronteiras nacionais e comprometem a segurança dos brasileiros é assustadora, mas é real.
Com a necessidade de investimentos em tecnologia e pesquisa para combater o crime segundo o general, o Exército brasileiro não poderia sofrer nenhum corte de orçamento, sob risco de ficar até sem combustível para voadeiras ,
“Estamos perdendo pouco a pouco a soberania do nosso país” disse o palestrante.
O quadro é perturbador o General mostrou que a Amazônia e o Amazonas estão abertos para crimes como a exploração e contrabando de minerais, entrada de armamento pela fronteira com a Venezuela que, segundo ele, “está inundada por fuzis Kalashinikov”, a imigração ilegal tanto vinda do Haiti como, recentemente, do Senegal (de janeiro a maio deste ano, 30 mil estrangeiros entraram no país de forma não autorizada).
Além disso, a extração ilegal de madeira, a pesca ilegal, pistas de pouso clandestinas, tráfico de animais silvestres que já é quase maior que o tráfico de drogas, o contrabando de gasolina da Venezuela, garimpos ilegais, conflitos em terras indígenas e muito mais fazem parte dos crimes de fronteira,pelas desprotegidas fronteiras do Amazonas e do Acre, entram mais de 70% da cocaína vendida no Brasil.
“A Colômbia está usando o desfolhante “agente laranja” para acabar com plantações de coca, mas está poluindo gravemente o rio Solimões”, revelou o general, acrescentando que a guerrilha Sendero Luminoso está voltando à ação com força total, desta vez associado ao narcotráfico. “Para mim, isso já é uma guerra. Não é mais um delito, é uma guerra”, afirmou o comandante.
O relatório apresentado foi alarmante, assustador e muito preocupante,pois segundo o General com tantos problemas espalhados ao longo da fronteira seca do Brasil, o militar demonstrou uma grande preocupação com o que chamou de “grande vazio”, ou seja, a falta de órgãos de segurança que, de forma efetiva possam monitorar as fronteiras e assegurar segurança ao país. “Temos um grande vazio de órgãos da segurança em comparação com o Sul e Sudeste e parte do Centro-Oeste afirmou
Outro fator preocupante é a falta de recursos e tecnologia para protegê-las…“Nós (o Exército) já levantamos todos os dados. Sabemos onde estão e o que está acontecendo em cada ponto das fronteiras amazônicas. Mas como vamos fiscalizar tudo isso? Precisamos de recursos para investir em tecnologia e pesquisa” declarou o general.