Defesa Civil do Amazonas lança segunda etapa da “Operação Vazante” e avalia que a estiagem está dentro da normalidade

Facebook
Twitter
WhatsApp

O Governo do Estado, por meio da Defesa Civil do Amazonas, lançou nesta segunda-feira, 26 de outubro, a segunda etapa da “Operação Vazante”, que contemplará, com 12 mil kit’s de limpeza, 23 municípios que deixaram a condição emergencial por conta da enchente, nas calhas do Juruá, Purus, Baixo e Médio Solimões, Baixo e Médio Amazonas e Madeira. O primeiro a ser beneficiado será Coari (a 363 quilômetros de Manaus).

GOV.LLjpg

“A iniciativa do órgão consiste em auxiliar as famílias dos municípios que estão no período de vazante e que ainda sofrem as consequências da enchente. O acúmulo de lixo nas ruas e residências, por exemplo, favorece o surgimento de doenças, colocando em risco a saúde da população”, declarou o secretário executivo da Defesa Civil do Amazonas, coronel Fernando Pires Junior.

Os kit’s são compostos por vassoura, rodo, sabão em pó, sabão em pedra, escova e balde. O material começa a ser enviado esta semana para Envira, Eirunepé, Ipixuna, Juruá, Guajará, Canutama, Boca do Acre, Tapauá, Pauiní, Lábrea, Beruri, Coari, Itacoatiara, Urucurituba, Autazes, Silves, Iranduba, Manaquiri, Careiro Castanho, Caapiranga, Boa Vista do Ramos, Barreirinha e Borba.

A meta é que até o fim da operação, sejam distribuídos 22 mil kit’s de limpeza nos municípios que foram afetados pela enchente deste ano.

Estiagem – De acordo com o coronel Fernando Pires Junior, o comportamento de todas as calhas dos rios do Estado está dentro da normalidade. Algumas já apresentam o fim da estiagem e o início da enchente.

“Não podemos falar de situação recorde de estiagem. As calhas seguem com níveis normais para o período. A que requer maior atenção é a do rio Negro, que está em descida gradual, mas que dentro de 15 a 20 dias, irá receber o reflexo do rio Solimões que está enchendo, o que deve minimizar o cenário”, enfatizou.

Na bacia do Juruá, as estações monitoradas pela Defesa Civil do Estado apresentam elevação gradual no nível do rio, indicando o fim da vazante. No Madeira a situação é a mesma. Já no o Purus, o monitoramento indica o início da enchente.

FVS intensifica ações e doenças regridem – A Fundação de Vigilância de Saúde do Amazonas (FVS-AM) informa que intensificou o monitoramento de doenças decorrentes das vazantes dos rios amazônicos. Entre as ações em andamento está a distribuição para as Secretarias Municipais de Saúde de hipoclorito de sódio, usado para purificar a água, além de ações de mobilizações sociais com ênfase de educação em saúde, como forma de orientar a população para os perigos oriundos das vazantes.

De acordo com o diretor-presidente da FVS-AM, Bernardino Albuquerque, as doenças de veiculação hídrica, que neste período têm tendência a aumentar, reduziram. O trabalho foi intensificado juntamente com as secretarias municipais de saúde, evitando-se dessa forma a ocorrência de surtos epidêmicos. “É possível notar que não houve aumento no último bimestre das notificações de casos de doença diarreica aguda em todos os municípios do Estado”, disse.

Albuquerque salienta que nos casos de hepatites virais, com destaque para a Hepatite A, foram notificados nos meses de agosto e setembro de 2015, apenas 32 casos. No mesmo período de 2014, foram notificados 173 casos, o que significa uma redução de 81,5%.

Para o diretor-presidente da FVS-AM, as doenças de veiculação hídricas são evitadas com bons hábitos de higiene, entre os quais a lavagem das mãos antes das refeições e antes de preparar os alimentos, bem como a manutenção da casa e dos arredores limpos. “Medidas simples podem fazer muita diferença, como por exemplo o consumo de água tratada e a destinação adequada do lixo”, pontua.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email
Telegram
Print

MATÉRIAS RELACIONADAS

TCE - EM PAUTA

MANAUS

ASSEMBLEIA EM PAUTA

CÂMARA EM PAUTA

SÉRIE O AMAZONAS