Centro começa a recuperar sua história com a entrega do primeiro trecho da Nova Eduardo Ribeiro

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Vivendo há 60 anos no Centro de Manaus, o aposentado Jamil Derzi, 94, se emocionou na  sexta-feira, 18, ao acompanhar a entrega do primeiro trecho da Nova Avenida Ribeiro, que está sendo requalificada pela Prefeitura de Manaus.

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“A cidade voltou a respirar sua história”, destacou. “É relembrar o que foi bom, trazendo de volta a nossa essência e renovando o nosso orgulho”, disse, após caminhar pelo trecho recuperado, apreciando a paisagem e as belezas arquitetônicas do entorno, agora totalmente visíveis.

Os paralelepípedos hoje ocupam o lugar das várias camadas de asfalto que durante anos encobriram a identidade do Centro Histórico de Manaus. No trecho liberado, que compreende a praça do Congresso, na rua Monsenhor Coutinho, até a rua 10 de Julho, todo o asfalto foi retirado e os paralelepípedos que compunham o piso original, datado do século XIX, foram recuperados e fixados nos cruzamentos e nas faixas laterais próximas ao meio-fio.

“É realmente uma nova avenida e com toda sua beleza e peso histórico resgatados. Uma cidade não pode avançar para o futuro, sem valorizar o olhar sobre o seu passado”, disse o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. Ainda de acordo com prefeito, após a conclusão de todas as fases, a obra irá representar um enorme ganho cultural, fortalecendo também a atividade turística.

O projeto, que tem sido chamado de “Nova Eduardo Ribeiro”, teve seu início no dia 5 de outubro e, nessa primeira etapa que contemplará até a rua 24 de maio, os trabalhos seguem até janeiro de 2016, tendo uma pequena pausa durante as festividades de final de ano.

“Fizemos um acordo de prejudicar o mínimo possível o comércio local e tenho certeza que eles (comerciantes) vão ganhar muito com essa requalificação, tornando seus negócios mais bonitos, seguros e mais atrativos”, defendeu o prefeito.

A obra de toda a extensão da nova avenida Eduardo Ribeiro está orçada em cerca de R$ 9 milhões, tendo sido aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O projeto foi concebido pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) e detalhado pela empresa Laghi Engenharia, contratada para desenvolver o projeto executivo de revitalização da avenida.

O projeto também contemplou a caixa de rolamento, onde foram encaixadas peças pré-moldadas de concreto (pavers), trazendo harmonia à paisagem e oferecendo maior durabilidade para o trânsito de veículos.

Segundo o subsecretário de Infraestrutura, Antônio Nelson, a matéria-prima utilizada nessa obra oferece a celeridade necessária aos serviços. “Os pavers implantados no lugar do asfalto são de fácil assentamento, altamente resistentes ao clima e, tão logo aplicados, o trânsito para veículos já pode ser liberado”, justificou.

Além do resgate dos paralelepípedos, a área ganha uma nova rede de drenagem profunda com a implantação de tubos de 0,80 e 0,60 centímetros de diâmetro, e confecção de meio-fio e sarjeta.

Os trabalhos na calçada são realizados após o fechamento das lojas, durante o período noturno. Já durante o dia, o trecho da calçada com obra em andamento é fechado com pranchões de madeira para não comprometer o fluxo de pedestres.

PAC Cidades Históricas

Os trabalhos seguirão para os demais quarteirões da Eduardo Ribeiro, descendo até chegar à avenida Marquês de Santa Cruz. “Esse é o marco do início das grandes transformações do Centro Histórico, por ser um importante corredor comercial e que vai se somar aos projetos do PAC Cidades Históricas”, explicou o presidente do Implurb, arquiteto Roberto Moita.

Todas as obras do PAC permitem uma conexão com as outras obras de revitalização do Centro Histórico, do Paço Municipal até o Largo São Sebastião, criando um percurso cultural contínuo entre todos esses pontos turísticos. Atualmente, recebem obras do programa em Manaus a praça XV de Novembro, mas conhecida como praça da Matriz; a praça Adalberto Vale; a praça Tenreiro Aranha e entorno do Mercado Municipal Adolpho Lisboa. Todas aprovadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A mais recente aprovação, junto ao órgão federal de Patrimônio Histórico, foi o Pavilhão Universal. Outros cinco projetos ainda se encontram em análise no Iphan. São eles: o antigo Hotel Cassina, a Biblioteca Municipal, a praça Dom Pedro II, a antiga Câmara Municipal e o prédio Corpo de Bombeiros.

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