“A partir de agora minha filha vai ter um futuro diferente”, diz mãe de paciente beneficiada com o implante coclear

Pacientes que realizaram o procedimento cirúrgico na rede pública de Saúde do Amazonas já obtiveram avanços
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FOTOS: Antônio Lima/Secom

Cinco meses após o primeiro implante coclear ser realizado na rede pública de Saúde do Amazonas, os primeiros pacientes que passaram pela cirurgia apresentam avanços na recuperação. Até o momento, 17 procedimentos já foram realizados.

 

O secretário de Saúde, Anoar Samad, comemorou os resultados positivos dos primeiros pacientes que realizaram o procedimento cirúrgico. “Proporcionar audição para crianças que nasceram com a deficiência auditiva é uma grande emoção. Este é um serviço que continua funcionando. É mais um legado na área da Saúde para a população amazonense”, pontuou o secretário de Saúde. 

FOTOS: Antônio Lima/Secom

Silas de Oliveira, de 4 anos, foi o primeiro paciente a passar pela cirurgia na rede pública de Saúde do Amazonas. Desde a ativação do implante coclear, em abril deste ano, ele comparece duas vezes na semana às sessões com a fonoaudióloga para dar continuidade ao tratamento. Mesmo sem ainda ter falado a primeira palavra, Silas já é capaz de reconhecer os sons ao redor. Para a mãe, Roberta de Oliveira, a perspectiva para o futuro do filho agora é outra. 

 

“Por mim, ele pode ser um tagarela, porque eu também sou. Antes, as pessoas falavam que o meu filho não ia falar nada, então, para mim, é uma alegria poder perceber que ele está escutando os sons e vai ser capaz de falar em breve. Quando ele me chamar de ‘mãe’, vou ficar muito feliz. Foi essa palavra que coloquei nos meus sonhos sempre”, disse a mãe do pequeno Silas. 

 

Brincando com o gatinho recém-adotado, apelidado carinhosamente de ‘Miau’, a Manuela Silva, de 4 anos, ainda não tem noção do quanto a vida vai ser diferente para ela. E para a mãe, Suyan Silva, essa consciência traz muitas alegrias. Poucos meses depois da ativação do implante coclear da pequena, em abril deste ano, a primeira palavra veio. Foi “papai”, ao invés do tão sonhado “mamãe” da Suyan, mas para ela é uma vitória há muito tempo esperada. 

 

FOTOS: Antônio Lima/Secom

“É nítido agora que a Manu consegue ouvir. Antes ela não reconhecia nem o próprio nome, mas agora reconhece. Ela ainda não falou ‘mamãe’, mas o importante é que agora ela tem esse avanço e já fala ‘papai’, ‘água’, ‘tchau’ e ‘oi’. Em casa, também faço o estímulo com ela e ensino as vogais, nomes das coisas e o som de cada barulho”, falou a mãe da paciente. 

 

Procedimento cirúrgico

 

Os implantes cocleares são indicados para pessoas com perda auditiva neurossensorial severa à profunda. A prioridade para a realização de um implante coclear é para pacientes que nascem com perda total de audição, e que tenham até quatro anos de idade para que seja aproveitada a janela de aquisição de linguagem oral que é desenvolvida neste período da vida.

 

A cirurgia consiste em uma incisão atrás da orelha para acessar a cóclea, porção da orelha interna responsável pela audição. Por uma pequena abertura, é implantado um feixe de eletrodos junto ao nervo auditivo e fixado um receptor (antena) no crânio do paciente. Como a cóclea não varia de tamanho ao longo da vida, não será preciso trocar a unidade interna. Com isso, o procedimento é realizado uma única vez, sem a necessidade de ser refeito ao longo da vida.

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