A Prefeitura de Manaus iniciou nesta quarta-feira (25) a aplicação de um questionário socioeconômico com moradores, comerciantes e frequentadores do entorno do mirante Lúcia Almeida, localizado no centro histórico da cidade. A ação é conduzida pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e pretende coletar dados para embasar políticas públicas voltadas ao fortalecimento do local como polo cultural e turístico.
O questionário busca captar a percepção da população sobre a utilização do espaço, os impactos econômicos e sociais do mirante e, especialmente, a influência do festival de artes integradas “#SouManaus Passo a Paço”, considerado o maior evento cultural da cidade. A pesquisa abrange ainda o uso de outros equipamentos culturais da área, como o Museu da Cidade (Muma), o Centro de Arqueologia de Manaus (CAM) e a Praça Dom Pedro II.
“A escuta ativa da comunidade é essencial. Não se trata apenas de aplicar uma pesquisa, mas de compreender como o espaço e os eventos modificam a vida de quem mora e trabalha aqui”, afirmou o diretor-presidente da Manauscult, Jender Lobato.
A iniciativa ocorre em um momento de crescente debate sobre a revitalização do centro histórico de Manaus e os efeitos do turismo cultural na economia local. Especialistas defendem que ações como essa são importantes para medir não só o impacto econômico direto, mas também fatores como mobilidade urbana, geração de renda informal e valorização do patrimônio.
O levantamento, inclui perguntas sobre empregabilidade, participação comunitária em eventos e percepção sobre mudanças no fluxo de veículos durante os grandes festivais. A meta da Prefeitura é utilizar os dados para aprimorar a integração entre cultura, turismo e desenvolvimento urbano sustentável.
A pesquisa socioeconômica promovida pela Prefeitura de Manaus marca um passo relevante na tentativa de aliar políticas culturais à realidade vivida por quem ocupa cotidianamente os espaços públicos centrais da cidade. Ao mapear percepções e impactos do #SouManaus, a gestão municipal busca legitimar suas ações com base em dados, oferecendo um modelo de planejamento mais participativo e transparente.
