O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Wilker Barreto (PHS), garantiu, nesta segunda-feira (6), que assim que o projeto do Executivo Municipal que reajusta o salário dos professores em 9,28% chegar para ser deliberado e votado abrirá a discussão com as entidades de classe representativas nas comissões técnicas.
Segundo ele, além da Mensagem, que tem previsão para chegar esta semana, também devem chegar à Casa Legislativa, os reajustes dos servidores da saúde municipal, do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização no Trânsito (Manaustrans) e Superintendência Municipal de Transportes Urbanos.
Wilker Barreto fez os esclarecimentos em plenário diante de um grupo professores ligados à Associação Movimento de Luta dos Professores de Manaus (Asprom), que ocupava a galeria da Casa na expectativa de que o Projeto do Executivo fosse deliberado nesta segunda-feira. Os representantes dos professores queriam também espaço para falar da tribuna. A solicitação foi feita por meio do vereador Waldemir José (PT).
“Vamos fazer da forma como sempre ocorreu ao longo dos anos, as discussões de forma pacífica para os temas pertinentes. O Projeto de Lei da data-base da categoria ainda não se encontra na Câmara. A expectativa é a de que ele nesta semana chegue. Assim como o projeto da Educação, tem também o da Saúde, Manaustrans e SMTU que devem chegar. Todos serão discutidos no seio das comissões temáticas”, esclareceu o presidente da Casa.
Barreto enfatizou que não haverá discussão sem o projeto de lei na Casa Legislativa. “Vamos discutir no momento pertinente e de forma ordeira, com a Asprom e com o Sindicato da categoria. Entendo que o posicionamento da Asprom diverge do sindicato, mas o projeto será discutido no momento oportuno”, garantiu o presidente.
De acordo com o líder do Governo Municipal na CMM, vereador Elias Emanuel (PSDB), o reajuste dos professores, conforme a proposta que deverá chegar para ser votada concede o reajuste de 9,28%, retroativo a 1º de maio, data-base da categoria, dividido em duas parcelas, sendo 5% a ser pago em junho, e o restante em janeiro de 2017. Os professores ligados à Asprom reivindicam o pagamento do reajuste retroativo a 1º de maio, em uma única parcela.
A oposição apoia a proposta dos professores. O vereador Professor Bibiano (PT) defende que os trabalhadores em educação têm o direito de saber das discussões do projeto na Casa. “Acho justo a categoria acompanhar. Os professores lutam por dignidade e dignidade passa por reajuste salarial”, argumentou.
Wilker Barreto reafirmou, mais uma vez, que quando o PL chegar será dado, como sempre, prioridade na tramitação, seja qual for à categoria.
Elias Emanuel também fez questão de ressaltar que é compromisso do prefeito Arthur Neto (PSDB) fechar a folha do mês de junho com os reajustes aprovados e já discutidos com os sindicatos representativos das categorias. “Amanhã ou no máximo quarta-feira às propostas devem chegar à Câmara”, afirmou.
