Manaus – Segundo o 37º Informe Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), divulgado na última quarta-feira (13), 81 casos de zika vírus em grávidas já foram confirmados, em Manaus. As estatísticas mostram ainda que, das 504 notificações realizadas no período, envolvendo este público, 241 estão sendo investigadas e 182 foram descartadas.
Até a última terça-feira, 2.675 casos de zika haviam sido notificados, na capital, independente do público atingido. Destes, 376 tiveram confirmação, 1.042 foram descartados e 1.257 ainda estão sob investigação.
No que se refere aos casos de microcefalia, 12 foram notificados, tendo sido cinco confirmados, destes apenas um relacionado ao zika. Do total, dois casos foram descartados e cinco estão sob avaliação.
Implantado com o objetivo de receber relatos de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, vetor do zika, dengue e chikungunya, o Disque Saúde, da Semsa, recebeu, até a última terça-feira, 4.234 denúncias, destas 3.901 executadas.
No mesmo período, 1.525 Brigadas de Combate ao Aedes foram implantadas, na capital, para auxiliar o combate nas empresas e órgãos públicos, totalizando 7.590 pessoas capacitadas.
No total, 741 imóveis foram inspecionados pela Vigilância Sanitária (Visa Manaus), rendendo um saldo de 98 autuações.
Microcefalia
Até o dia 9 deste mês, dois casos de microcefalia foram confirmados no Amazonas, segundo o novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), divulgado nesta quarta-feira. Conforme os dados, 1.113 casos da malformação e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, foram confirmados em todo o País. No último boletim, divulgado na semana passada, aparecia apenas um caso confirmado.
Além dos dois casos, no Estado, outros nove seguem sendo investigados pelo Ministério. Entre 2015 e este ano, 13 casos de microcefalia foram notificados, no Amazonas.
Na última terça-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) confirmou o primeiro caso de microcefalia por zika vírus, em Manaus. O bebê, uma menina, nasceu no último dia 10, na Maternidade Ana Braga, na zona leste.
A mãe da criança, de 18 anos, adquiriu a doença em Boa Vista (RR), aos dois meses de gravidez e chegou a Manaus com cinco meses.
Composto por informações enviadas semanalmente pelas secretarias estaduais, o informe epidemiológico aponta, ainda, que 7.015 casos suspeitos foram notificados, no Brasil, desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 2.066 foram descartados. Outras 3.836 ocorrências estão em fase de investigação.
No âmbito nacional, dos 1.113 casos confirmados de microcefalia, 16,9% (189) tiveram resultado laboratorial positivo para o vírus zika, de acordo com o Ministério da Saúde.
Para o Ministério, no entanto, “o dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia”, afirma o boletim epidemiológico.
Os casos confirmados da doença estão centralizados em 416 municípios, em 22 Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
No período, foram registradas 235 mortes suspeitas de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central, após o parto ou durante a gestação. Destes, 50 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central.
