Orientações a pedestres, fiscalização e abordagens de motoristas nos principais pontos de entrada da cidade, bem como outras ações educativas fazem parte da programação da 2ª Semana Municipal de Prevenção e Combate à Violência no Trânsito, que começa na segunda-feira, 21, e segue até o dia 28 deste mês.
Foto: Altemar Alcântara/ Arquivo Semcom
O evento é coordenado pelo Comitê Intersetorial do Projeto Vida no Trânsito, que reúne representantes de órgãos públicos das áreas de Saúde, Trânsito, Transportes, Infraestrutura, Segurança Pública e setores governamentais e não governamentais, que subsidiam a gestão nas propostas de políticas de prevenção a acidentes.
Programação
A programação terá início com abordagem educativa em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde será feita a distribuição de materiais educativos, das 8h às 11 horas. Foram selecionadas cinco UBSs para a ação, localizadas nos Distritos de Saúde Sul, Leste, Norte, Oeste e Rural: UBS Nilton Lins, UBS Sálvio Belota, UBS Gebes Medeiros, UBS Leonor de Freitas e UBS Rural Ada Viana.
Dando sequência à programação, além das abordagens, a semana inclui exibição de vídeos e palestras em instituições e empresas como a Manaus Ambiental, Fundação de Vigilância e Saúde e Instituto de Terras do Amazonas.
“Os problemas decorrentes das más condutas no trânsito têm impacto direto na saúde pública”, destacou o secretário municipal de saúde, Homero de Miranda Leão Neto, ao reforçar que há anos o setor de Saúde vem buscando articulação com outros órgãos para colocar em prática estratégias que reduzam o número e a gravidade de acidentes nas vias urbanas e estradas.
“Os acidentes geram perdas sociais e econômicas, tanto em função dos elevados gastos com o tratamento das vítimas e do número de mortes e mutilações de pessoas em plena fase produtiva de vida, como pelos dramas particulares que as famílias enfrentam”, ressaltou o secretário da Semsa.
O encerramento das atividades acontecerá no dia 28 de março, Dia Municipal de Prevenção de Acidentes e Combate à Violência no Trânsito, com abordagem a motoristas e motociclistas na avenida Autaz Mirim, na zona Leste, considerada uma das vias recordistas em acidentes de trânsito nos últimos anos, de acordo com informações do Observatório de Trânsito de Manaus.
Balanço e metas
Durante a Semana do Trânsito será apresentado ainda o Plano de Ação Local 2016-2018, resultado de parceria entre Prefeitura de Manaus e Governo do Amazonas, que irá trabalhar com três programas: Gerenciamento de Velocidade, Pedestre Seguro e Motociclista Consciente.
“A meta é direcionar ações para motoristas, motociclistas e pedestres, tendo como objetivo reduzir em 5% os índices de acidentes envolvendo velocidade, reduzir em 10% os índices de atropelamento e reduzir 5% os acidentes envolvendo motociclistas”, informou a chefe do Núcleo de Prevenção a Riscos à Saúde por Causas Externas da Semsa, Ana Carolina Leão.
As metas foram elaboradas de acordo com os principais riscos identificados no trânsito em Manaus pelo Observatório de Trânsito de Manaus, que faz parte do Comitê Intersetorial, atualmente presidido pelo Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito (Manaustrans).
Os dados levantados indicaram, por exemplo, que, entre os fatores contributivos para ocorrência dos acidentes, a velocidade excessiva e/ou inadequada aparece em 28% dos acidentes analisados; seguidos por converter ou cruzar sem dar preferência (16,8%); falta de infraestrutura da via (16,8%); transitar em local proibido (12,0%), dentre outros.
O monitoramento também indica que, entre 2014 e 2015, os pedestres e motociclistas estão entre os grupos de vítimas mais vulneráveis no contexto do trânsito, embasando a decisão de programas destinados a estes grupos.
Em 2014 foram registradas 85 vítimas fatais entre pedestres e, no ano passado, o número foi de 83 pessoas. Entre os motociclistas, foram 79 vítimas fatais em 2014 e 80 em 2015. Já entre os motoristas, o número de vítimas fatais foi de 20 em 2014 e 15 no ano passado.
No total, Manaus registrou 236 vítimas fatais em 2015, sendo 15 vítimas a menos do que em 2014.
