Segundo estudo, extrato de capeba e carapanaúba eliminam o parasita da malária

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O estudo desenvolvido pelo pesquisador, Luiz Rocha e Silva, com apoio do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), descobriu nas plantas capeba e carapanaúba, espécies nativas da região amazônica, princípios ativos que eliminam o parasita da malária. O estudo foi desenvolvido no laboratório de Malária e Dengue do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

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 A pesquisa durou cinco anos e analisou diversas espécies de plantas. De acordo com o pesquisador, com as espécies identificadas, foram feitos testes em cultura de células, animais camundongos e testes moleculares em mecanismos de ação.

 “Realizamos testes em vitro e vivo, onde utilizamos o modelo animal, infectamos o animal com o parasita depois tratamos o animal para verificar se a substância elimina ou não o parasita. Além disso, fizemos estudos de mecanismos de ação que é para saber como é feita a eliminação do parasita no animal”, disse o pesquisador.

 O estudo contou com o apoio do Governo do Amazonas, via Fapeam, no âmbito do Programa de Apoio à Pesquisa (Universal- Amazonas). Os resultados são fruto de pesquisas anteriores desenvolvidas em programa estratégicos do governo do Estado via Fapeam, como Rede Malária (Programa de apoio a Núcleos de Excelência) e Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte).

Atualmente, a pesquisa está em estágio pré-clínico finalizando alguns procedimentos para poder ser feito testes em seres humanos. A equipe conta com um laboratório específico no Inpa para estudos referentes à malária e dengue. O espaço foi construído com aporte financeiro do Governo do Estado via Fapeam em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O pesquisador contou que em conjunto com o grupo de pesquisa do Inpa há outros estudos com plantas amazônicas com foco no combate à malária e dengue. “Nesse projeto fizemos uma triagem com várias plantas da região, algumas se mostraram ativas e estão em fase de identificação de seus princípios ativos. Os nomes devem ser publicados no inicio de 2016, em uma revista cientifica internacional”, disse o pesquisador.

Para o coordenador do laboratório de malária e dengue do Inpa, Wanderli Pedro Tadei, as novas linhas de pesquisas sobre a malária são fundamentais para erradicação do parasita. “Nosso foco, primeiramente, é o vetor, mas quando chega no momento que é preciso a eliminação, precisamos de atividades maiores que elimine o parasita que é a fonte de infecção. Esses trabalhos são fundamentais para que a erradicação da doença seja alcançada”, disse Tadei.Ele ressaltou o aporte financeiro do governo do Estado via Fapeam para desenvolvimento do estudo e construção do laboratório. Os recursos financeiros também são utilizados para consolidação dos grupos de pesquisa no Instituto. “A nossa fonte de manutenção é a Fapeam para novas pesquisas”, disse Tadei.

 O Programa tem como objetivo conceder recursos financeiros para atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, em todas as áreas de conhecimento, que representem contribuição significativa para o desenvolvimento do Estado do Amazonas.

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