São Gabriel da Cachoeira município da ” Cabeça do Cachorro” no AM

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São Gabriel da Cachoeira

Município brasileiro do interior do estado do Amazonas, Região Norte do país. Situado no extremo noroeste do Brasil, é um dos municípios fronteiriços do país, fazendo divisa com dois países sul-americanos. Dista 852 quilômetros de Manaus, capital do estado, e está às margens da Bacia do Rio Negro. Limita-se ao norte com a Colômbia e a Venezuela, ao sul e ao leste com o município de Santa Isabel do Rio Negro e ao sul com Japurá. Boa parte do seu território é abrangido pelo Parque Nacional do Pico da Neblina, além das terras indígenas de Alto Rio Negro, Médio Rio Negro I, II e III e Rio Tea. O município é considerado um ponto estratégico pelo país. No município, nove entre dez habitantes são indígenas, sendo o município com maior predominância de indígenas no Brasil.

O município também é conhecido como “Cabeça do Cachorro”, por seu território ter forma semelhante à da cabeça desse animal. Sua área é de 109 185 quilômetros quadrados, representando 6,9512% do território estadual, 2,8335% do território da Região Norte do Brasil e 1,2851% do território brasileiro. De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população era de 43 831 habitantes em 2016, fazendo deste o décimo-terceiro município mais populoso do estado[3]

Em um caso inédito na federação brasileira, foram reconhecidas, como línguas oficiais no município, ao lado do português, três idiomas indígenas, após a aprovação da Lei Municipal 145, de 22 de novembro de 2002: o nheengatu, o tucano e o baníua, línguas tradicionais faladas pela maioria dos habitantes do município, dos quais 74% são indígenas. O município foi a primeira localidade brasileira a reconhecer outros idiomas como oficiais, além do português. Atualmente, São Gabriel da Cachoeira, Pomerode (em Santa Catarina) e Tacuru (em Mato Grosso do Sul)[6] são os três únicos municípios brasileiros a possuir mais de um idioma oficial (Pomerode reconheceu o idioma alemão como co-oficial em seu território, enquanto que Tacuru reconheceu a língua guarani como cooficial).

Histórico

O povoamento do Alto Rio Negro tem um de seus primeiros registros em 1657, quando os jesuítas, fundaram na foz do rio Tarumã, um aldeamento de índios. Com a posterior expulsão dos jesuítas da Amazônia, a aldeia ficou abandonada.
Em 1668, o Franciscano Frei Teodósio e o Capitão Pedro da Costa Favela fundam nova povoação à margem do Rio Negro, nas proximidades da foz do rio Aruím. Nos últimos anos do séc. XVII vários outros povoados são criados pelos religiosos que catequizavam os índios.

Por volta de 1695, chegaram os missionários carmelitas ao Rio Negro, onde criaram vários povoados.
Em 1759-60, estabelece-se na região um destacamento militar, que constrói um forte. Forma-se em torno dele uma povoação reconhecida em 1833, com o nome de São Gabriel.
Em 25.06.1833, no local onde se construiu o Forte de São Gabriel, surgiu pouco mais tarde, a povoação que tomou o mesmo nome de forte e que, foi elevada à sede de Freguesia.

Geografia

A extensão territorial de São Gabriel da Cachoeira é uma das maiores do país: 109 185,00 km².

Terras indígenas

As terras indígenas abrangem cerca de oitenta por cento do território municipal. A Terra Indígena Balaio, cujo relatório antropológico foi publicado no Diário Oficial da União, sobrepõe-se ao Parque Nacional do Pico da Neblina sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes.

Terras indígenas do município: Alto Rio Negro, Balaio, Cué Cué/ Marabitanas, Amiúm, Médio Rio Negro I, Médio Rio Negro II, Rio Xié, Yanomami.

Clima

De acordo com a Classificação de W. Koppen o clima é Equatorial, isotérmico apresentando a temperatura média do mês mais frio = 24,7°C (> 18°C) com precipitação do mês mais seco = 180,1 mm (>60 mm) e amplitude térmica = 1,4°C (<5°C).

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura mínima registrada em São Gabriel da Cachoeira foi de 16,6 °C, ocorrida no dia 19 de julho de 1975. Já a máxima foi de 39,0 °C, observada dia 22 de setembro de 2002. O maior acumulado de chuva registrado na cidade em 24 horas foi de 179,5 mm, em 30 de maio de 1973. No povoado de Iauareté, de acordo com o mesmo instituto, a mínima registrada foi de 15,8 ºC, também em 19 de julho de 1975, enquanto que a máxima foi de 39,6 ºC, em 7 de março de 1964 e o maior acumulado de chuva em 24 horas foi de 189,9 mm, em 24 de abril de 2002.[8]

Extensão

É um dos maiores municípios do Brasil. Sua extensão de 109 200 quilômetros quadrados é:

  • maior do que cada um dos seguintes estados brasileiros: Santa Catarina, Paraíba, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Alagoas e Sergipe;
  • maior que a soma das áreas de Rio de Janeiro, Alagoas, Sergipe e Distrito Federal juntos;
  • maior do que 92 países, dentre os quais Guatemala, Islândia, Coreia do Sul, Jordânia, Hungria, Portugal, Azerbaijão e Áustria.
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