Projeto de música já incentivou mais de mil internos do sistema prisional

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Desde 2006, um  projeto voltado para incentivar os internos do sistema prisional a desenvolverem a prática musical, já alcançou mais de mil pessoas privadas de liberdade, no Amazonas. Dois instrutores de música iniciaram o projeto ‘Esperança Carcerária’ na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa (CPDRVP), no Centro de Manaus, e estenderam as aulas instrumentais e de canto para outras duas unidades do sistema. Futuramente, o projeto chegará à quarta unidade prisional. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) trabalha com este objetivo.

musica

De acordo com especialistas, a música não é só um entretenimento, mas também uma medida para acalmar e relaxar, além de induzir ao movimento, melhorar a comunicação, criar vínculos, amenizar dores, auxilia no fortalecimento da memória, estimula práticas de atividades físicas e promove o autoconhecimento. Com todos os benefícios apresentados, o projeto ganhou vida também no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), nos regimes fechado e semiaberto.

Para o secretário da Seap, Pedro Florêncio, o projeto é um grande passo para que os internos aprimorem aptidões já existentes ou descubram um novo talento. “Com espaço e os instrumentos, o projeto foi ganhando força durante esses dez anos. Os frutos vêm sendo colhidos desde então, com os internos que participaram e continuam frequentando as aulas montado grupos que se apresentam nas unidades, durante os cultos, confraternizações e comemorações diversas”, afirmou.

É com o intuito de continuar formando cantores e músicos que um novo projeto será lançado, conforme explicou Pedro Florêncio. O ‘Música na Tranca’ será implantado no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), vizinho do Compaj, no quilômetro 8 da Rodovia BR-174 (Manaus – Boa Vista), que já possui alguns internos com conhecimentos musicais. “No mês de abril realizamos um culto na unidade e os primeiros louvores foram realizados pelo corpo de detentos do CDPM”, disse o secretário.

Frutos são colhidos

Todos os internos participantes são acompanhados diariamente pelos músicos e instrutores musicais: Raimundo Rodrigues, o ‘Kokó’ e Alfredo Márcio Liberato de Carvalho, o ‘Dondon’. Segundo Kokó, o projeto de ressocialização já gerou gravações de CDs e DVDs. “É um trabalho árduo, porém muito prazeroso. Muitos já estiverem conosco e é gratificante participar do desenvolvimento e contribuir para que eles tenham uma nova habilidade. A música abre muitas portas, estimula a criatividade, proporciona disciplina e liberdade artística”, afirma o músico.

Canto, violão, cavaquinho e percussão, não importa qual seja o instrumento. Todos tem vez e espaço no projeto, que agrega tanto músicas de cunho religioso, como pagode, samba e música popular brasileira. Com muita dedicação e juntando o melhor de todos os mundos e talentos, esses internos buscam na música uma nova chance de vida.

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