O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), voltou a se indignar, na tribuna do plenário Ruy Araújo, nesta quarta-feira (19/2), com a morosidade do Governo Federal com a retomada das obras da rodovia BR-319. “O Brasil precisa olhar para o Amazonas como um estado que faz parte da Federação, que tem direitos e que precisa ter a BR-319 pavimentada. Por que as estradas do Pará saem? Por que as obras em outros estados saem e a BR-319 não sai?”, argumentou o presidente.
Para o deputado presidente, o Governo Federal precisa ter a sensibilidade de olhar para as necessidades dos amazônidas e o compromisso de garantir o ir e vir do cidadão, o que favorece não apenas a dignidade humana, mas também a economia e os ecossistemas regionais.
Cidade voltou a cobrar que o Governo Federal retome a pavimentação do trecho do meio da BR-319. Ele sugeriu ao deputado Sinésio Campos, líder do PT na Aleam, que atue na intermediação junto à Presidência da República para que os deputados estaduais, juntamente com a bancada federal do Amazonas, possam apresentar, pessoalmente, os argumentos em defesa da recuperação viária da rodovia.
“Na pandemia da Covid-19 sofremos e no dia a dia também sofremos com a falta de logística. Em 2019, quando cheguei nesta Casa, me tornei presidente da Comissão de Transporte e, na época, eu, o governador Wilson Lima, o então ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, percorremos a 319. Foi um momento de otimismo, mas, infelizmente, nada foi para a frente. Recentemente, soubemos que o Governo Federal se comprometeu em começar o processo licitatório para a pavimentação da BR-319 a partir de abril. Não podemos ficar calados. A bandeira da BR-319 é de todos. Precisamos ter a estrada pavimentada e funcionando, coisa que não acontece há muitos anos”, declarou.
Pontes colapsadas
O parlamentar relembrou, ainda, que a falta de responsabilidade com os cidadãos do Amazonas é tanta que, há dois anos, as pontes sobre os rios Curuçá e Autaz Mirim colapsaram, levaram a óbito quatro pessoas, deixaram 14 feridos, além de terem prejudicado milhares de pessoas, sobretudo, dos municípios de Autazes, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Nova Olinda do Norte e Manaquiri e, até agora, a recuperação não foi efetivada.
“Nosso povo está sofrendo. Nós retroagimos. Quem sai de Manaus para o Careiro, para Manaquiri e para esses municípios diretamente afetados passa por inúmeros transtornos. O pior é que não há previsão para que os problemas sejam solucionados. Se o Governo Federal começar a licitação neste ano, não conseguirá concluir a obra tão cedo. Essa é uma obra de mais de cinco anos, mas precisa começar. A gente precisa dar o primeiro passo. Eu torço para que o Governo Federal se sensibilize”, cobrou.