Durante entrevistas concedidas aos jornalistas Valdir Corrêa, Rafael Campos, Dhyene Brissow e Paula Litaiff, a conselheira-presidente do TCE-AM falou que o curso deve acontecer no próximo mês de janeiro.
“Em janeiro faremos um curso de orientação para todos os gestores, dando ênfase ao prazo, para não haver necessidade de aplicar sanção aos gestores. O curso será uma espécie de preparatório para todos os gestores, não só de Manaus, mas também dos demais municípios do Amazonas”, disse a conselheira-presidente durante as entrevistas.
A presidente frisou a necessidade de promover um controle pedagógico mais eficaz, priorizando a orientação para que não haja a necessidade de punir, beneficiando a administração pública e a sociedade.
“Vamos oferecer mais facilidade aos gestores, orientando e ensinando. O Tribunal não é só punitivo, mas também pedagógico. Queremos que o gestor treine seus funcionários, e vamos ser presentes, concomitantes e pedagógicos”, completou a conselheira Yara Amazônia Lins.
Teleauditoria e gestão feminina
Outro compromisso firmado desde a posse é a reativação da teleauditoria, ferramenta focada no acompanhamento fiscalizatório à distância, proporcionando maior celeridade e economia aos gastos públicos.
“É muito difícil o deslocamento do gestor, para que ele esteja em Manaus com frequência. A teleauditoria permite que tire dúvidas, consulte, e faça um bom trabalho lá no interior, evitando multas e danos à administração pública. O gestor poderá ter os esclarecimentos para que o Tribunal haja, também, na área pedagógica, e não somente na área punitiva”, afirmou a presidente do Tribunal.
Outro ponto debatido foi a gestão feminina representada com a chegada da conselheira à presidência da Corte pela segunda vez. Única mulher entre os conselheiros e primeira presidente do TCE-AM, Yara Amazônia Lins destacou o zelo em gestões femininas, que de forma inédita, ocupam os cargos de direção em três dos principais órgãos públicos do Amazonas (Ministério Público de Contas, Tribunal de Justiça, e TCE-AM).
“É um cenário bom e difícil. As mulheres são exigentes, trabalham com determinação, fazem mil coisas ao mesmo tempo. A mulher quer tudo bem feito, tem um olho clínico, olha ao redor e vê tudo. Dizemos que a mulher é carinhosa, mas ao mesmo tempo rígida. Acredito que o órgão dirigido por uma mulher, é um órgão feliz”, disse a conselheira-presidente, fazendo referência às gestões femininas nos órgãos do Amazonas.