Prefeitura treina pessoal para aplicação de produto que elimina larvas do Aedes aegypti

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Um projeto piloto, que está sendo desenvolvido no bairro Jorge Teixeira, zona Leste, testa uma nova arma na guerra contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti: um biolarvicida adquirido pela Prefeitura de Manaus que mata as larvas do mosquito nos criadouros do tipo A2, aqueles no nível do solo, de uso doméstico, como camburões, cacimbas, toneis, cisternas e tambores.

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Fotos: José Nildo/Semsa

“Estamos lançando mão de uma nova arma neste combate. Um produto de eficácia comprovada pela Organização Mundial de Saúde e que não representa nenhum risco para os seres humanos, nem animais. A orientação do prefeito Arthur Neto é que busquemos o que houver de mais moderno para vencermos essa guerra”, informou o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto.

A tecnologia já vem sendo usada há quatro anos em Estados da região sudeste (RJ e MG) e cidades do Ceará, no nordeste. O biolarvicida Espinosade é um produto derivado da Saccharopoilyspora spinosa, uma bactéria de ocorrência natural em solo, também conhecida como “spiny sugar”.

Em formato de pastilhas, o produto está sendo aplicado nos cerca de 40 mil imóveis existentes naquela área da cidade. Com durabilidade de 60 dias, cada pastilha trata de um a 200 litros de água. Para essa fase, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) adquiriu 72 mil pastilhas, com custo de R$ 169 mil. Além da aplicação, os agentes de endemias farão o monitoramento permanente dos pontos que receberem o produto.

Fábio José Magro, representante da Clarke Brasil, empresa detentora da patente do biolarvicida, disse que, ao contrário dos produtos químicos sintéticos tradicionais, produzidos a partir de reações químicas controladas em indústrias, o Espinosade é produzido em tanques de fermentação.

Por ser derivado de processo biológico, apresenta baixíssima toxicidade para mamíferos, aves e peixes, além de não causar câncer ou tumores. O representante assegurou que o produto é aprovado pelo Whopes – esquema de avaliação de pesticidas da Organização Mundial de Saúde (OMS). “É um biolarvicida eficaz que impede que as larvas se reproduzam, agindo no sistema nervoso central, causando espasmos involuntários, paralisia e morte, num processo irreversível a partir do contato da larva com o produto”, explicou Magro.

Servidores da Semsa, da coordenação do Programa da Dengue, dos Distritos de Saúde das zonas Leste, Norte, Sul e Oeste participaram de um treinamento para servirem como multiplicadores para os agentes de endemias que farão a aplicação e o monitoramento dos imóveis nesta etapa de testes do bio larvicida.

Até o dia 11 de março, segundo o Informe Epidemiológico do Centro Integrado de Operações Conjuntas em Saúde (Ciocs), Manaus tinha 1.142 casos notificados do zika vírus, sendo 227 grávidas. Destas notificações, 86 casos foram confirmados, 233 descartados e 823 permanecem em investigação (sendo 141 grávidas), sendo 42 grávidas que não tiveram a doença confirmada e 44 que estão com zika vírus.

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