Prefeitura reforça interdição da praia da Ponta Negra durante feriado prolongado

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Fotos – Phil Limma/Semcom

Com o feriado prolongado e com a piora das condições climáticas na capital, com a fumaça encobrindo a cidade, a Prefeitura de Manaus reforça a interdição da praia do complexo turístico Ponta Negra para o banho, em razão da vazante que atinge o Estado, em 2023. A interdição está em vigor desde o dia 2 de outubro. Hoje, 13 de outubro, a cota do rio Negro está na marca de 13,91 metros, apenas 28 centímetros de bater o recorde de vazante registrado em 2010.

 

Em decorrência da fumaça que voltou a encobrir a capital amazonense, o prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou mais medidas para garantir a segurança da população, e o reforço nas ações já realizadas pela prefeitura, incluindo o adiamento da Maratona Internacional, que iria ocorrer no dia 15/10, e as comemorações do aniversário com o Boi Manaus, ambos remarcados para dezembro.

 

“Eu recomendo a não prática de esporte. Não se pode respirar monóxido de carbono, isso causa problemas. Em função disso, a gente vai adiar a maratona da nossa cidade, que estava programada para o final de semana. Também é preciso evitar estar exposto à fumaça, fechar as janelas das casas, e a hidratação é fundamental nesse momento. Infelizmente, nós estamos passando por isso, fruto das mudanças climáticas”, pontuou Almeida.

 

Fotos – Phil Limma/Semcom

Na última segunda-feira, 9/10, a praia recebeu um cerquite para delimitar fisicamente a área de interdição para banhistas, com sinalização, tendo 1,20 metro de altura e 1.500 metros de extensão. Essa limitação física é para impedir a passagem e conscientizar pessoas que insistem em tomar banho no rio, no trecho interditado.

 

Trinta placas informativas, em destaque vermelho, sobre a proibição de uso da praia para o banho estão instaladas em diversos pontos da faixa de areia e nos acessos.

 

A decisão de interditar a praia para o banho, em razão de segurança e de prevenção contra afogamentos, ocorre devido à proximidade entre o fim do aterro perene e o leito natural do rio, que pode apresentar alterações no terreno, como buracos, desníveis e depressões.

 

O prefeito assinou o decreto 5.697, no dia 2 de outubro, sobre a medida. A interdição considera as normas de uso da praia perene, definidas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela prefeitura junto ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), com órgãos municipais e estaduais signatários do compromisso, incluindo Corpo de Bombeiros do Amazonas (CB-AM) e Polícia Militar.

De acordo com a cláusula 1, parágrafo 3º, a “interdição automática do uso da praia ocorrerá sempre que os laudos e/ou relatórios a que se referem os parágrafos anteriores comprovarem que a praia encontra-se imprópria para o uso dos banhistas”.

 

Durante a interdição, o banho no rio fica proibido. A faixa de areia da praia da Ponta Negra está ampliada com a grande descida das águas e seguirá acessível, para uso de atividades esportivas e recreativas, assim como o funcionamento de todo o calçadão e demais estruturas do complexo. No momento, em razão da fumaça, a prática esportiva ao ar livre deve ser evitada.

 

El Niño

Com a atuação do fenômeno El Niño, que ocorre no oceano Pacífico Equatorial e traz para a Amazônia consequências no processo de vazante devido ao prolongamento e intensidade da seca, o nível do rio Negro, em Manaus, teve uma descida muito acelerada, com redução de mais de 7 metros de coluna d’agua em apenas 20 dias de setembro.

 

Os corpos permanentes de segurança, incluindo da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), com a Guarda Municipal, ciclopatrulha, a Polícia Militar e bombeiros atuam no monitoramento da praia e na segurança dos banhistas, bem como na segurança e manutenção do patrimônio de todo o complexo. Equipes da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) reforçam os serviços de limpeza e higiene do calçadão e da praia perene.

 

Na última interdição por conta da seca dos rios, ocorrida em 2015, a praia foi interditada por medida de segurança quando o rio Negro ficou abaixo da cota de 16 metros, após análise, laudo e relatórios de órgãos responsáveis, comprovando que a mesma não se encontrava própria para banho, naquela época.

 

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