Prefeitura de Manaus encerra atividades de projeto abordando a questão dos imigrantes em vulnerabilidade social

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A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou na quarta-feira, 26/10, o encerramento das atividades do Projeto “Imigrante/Migrante: Gente como a gente”, na Escola Municipal João dos Santos Braga, localizada no bairro Zumbi dos Palmares, zona Leste, com salas temáticas, grito de guerra “escravo nem pensar” contra o trabalho escravo e ciclo palestras.

A ação é resultado de uma formação para os pedagogos, proporcionada pelo programa “Escravo, nem pensar!”, da Organização Não Governamental (ONG) Repórter Brasil, que implementou o projeto Edumigra, visando a garantia do direito à educação de crianças e adolescentes refugiados e migrantes, uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Secretaria de Estado de Educação e Desporto do Amazonas (Seduc-AM) e Semed.

A conscientização sobre as dificuldades do imigrante em uma terra desconhecida também foi realizada com todos alunos da escola desde junho. O trabalho aconteceu em salas temáticas, durante as aulas interdisciplinares, ou seja, envolvendo várias áreas de conhecimento com cerca de 500 estudantes.

A coordenadora do projeto na Escola Municipal João dos Santos Pereira Braga, a pedagoga Zelita de Brito, ressaltou que o objetivo da ação é informar aos educadores a questão do respeito, da tolerância que deve ser dada às pessoas que são imigrantes. Ela disse ainda que a ação pode ajudar os educadores a saberem lidar com alunos imigrantes.

“O objetivo deste momento é trazer informações acerca dos imigrantes, envolvendo a questão do respeito, à diferenciação e a sensibilização para que a nossa escola saiba trabalhar, lidar com essas crianças e esses jovens que são imigrantes”, explicou Zelita.

A solenidade contou com a participação de representantes do Unicef, da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM), do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) e técnicos da rede municipal de ensino.

O representante da Unicef, Matheus Rangel, destacou que o Estado precisa ser mais enérgico para atender imigrantes em vulnerabilidade social, por uma questão que está amparada na legislação brasileira, que determina que as pessoas devem ser tratadas igualmente: os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades.

“A lei tem que tratar todo mundo igual em relação aos direitos e deveres, mas aquela pessoa que está numa situação de mais vulnerabilidade o Estado com todos seus equipamentos públicos, tem que chegar primeiro, tem que chegar com mais prioridade, tem que chegar com mais intensidade, porque senão ela vai promover uma desigualdade ao atuar nas pessoas que estão em situação muito diferente de maneira igual”, ressaltou Matheus.

Durante a ação, pessoas ligadas a instituições do Amazonas que trabalham com a proteção aos direitos dos imigrantes abordaram outros temas ainda, como “Educação e Interculturalidade: A escola como espaço de acolhimento, respeito e valorização da Diversidade a partir do fluxo de Migratório”, “Serviços e Ações Voluntárias da Comissão dos Direitos de Refugiados e Imigrantes da OAB/AM” e “Como o Cras Acolhe as Famílias Imigrantes”.

Umas das educadoras que acompanhou o trabalho feito com alunos a respeito do projeto na escola e que participou do encerramento das atividades do Projeto “Imigrante/Migrante: Gente como a gente”, foi a professora da educação infantil, Elen Oliveira. Segundo ela, é importante debater a temática no ambiente escolar, pois trabalha um tema que é importante para a formação dos alunos, que trata do respeito pela diferença do outro. 

“Eu acho de suma importância trazer essa discussão para o ambiente escolar para que as crianças aprendam a valorizar outras culturas, a respeitar a individualidade, a peculiaridade de cada um, de cada ser humano, pois é muito importante também para a formação deles, para caráter deles, perceber que somos todos iguais, independente de raça, de crença e de religião”, disse Elen.

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