O prefeito em exercício, vereador Wilker Barreto, esteve reunido com a diretora-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Ana Aleixo, em busca de mais celeridade na liberação dos processos para dragagem do leito dos igarapés de Manaus. O encontro foi realizado nesta sexta-feira, 22, na sede do órgão estadual, que fica localizado na zona Centro-Sul da capital.
A ideia é dar mais agilidade nas ações do Município no atendimento das demandas ocasionadas pelo transbordamento das águas dos igarapés, por conta do período de chuvas. Como o licenciamento de qualquer atividade que implique na alteração dos rios ou igarapés de Manaus é de competência o Ipaam, a prefeitura precisa de autorização do órgão para executar os serviços de correção ou desobstrução dos trechos que provocam alagamentos.
Segundo o Wilker Barreto, inicialmente, dez pontos serão priorizados. Entre os locais estão comunidades criadas às margens dos igarapés nos bairros Compensa, Ponta Negra, Flores e São Raimundo. “A prefeitura já tem o mapeamento dos locais mais críticos e, tão logo seja vencida a parte burocrática, vai colocar suas máquinas onde for possível entrar, tendo em vista que em alguns pontos as pessoas construíram suas moradias em cima do igarapé, impossibilitando a passagem do maquinário utilizado no desassoreamento”, explicou.
Ana Aleixo também chama atenção para o fato do lixo jogado nos igarapés agravar ainda mais o problema. “O assoreamento dos igarapés é um processo natural, que ocorre ao longo do tempo e se agrava com a ocupação irregular dessas áreas e pela grande quantidade de lixo jogado nas águas”, disse. “Além das ações emergenciais para impedir o transbordamento das águas, é preciso que a população seja mais consciente quanto à preservação do meio ambiente”, completou a diretora-presidente Ipaam.
Dados do órgão revelam que, de novembro de 2015 a janeiro deste ano, houve uma redução de 20 a 30% no volume de chuvas esperado para período, mudança atribuída aos efeitos do fenômeno El Niño.
