O Prefeito de Tapauá no Amazonas distante cerca de 565 quilômetros da capital do Estado Manaus, José Bezerra(Zezito), foi preso nesta manhã em operação deflagrada pelo Ministério Público e Policia Civil do Amazonas sobre graves acusações de desvio de dinheiro público da Prefeitura Municipal.
A Operação Tapauara deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM). Mandados de prisão preventiva, de condução coercitiva e de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital e no município do Estado.
“O prefeito de Tapauá acaba de ser preso. Um avião nosso já se encontra no município para trazer os presos para capital. Alguns mandados também estão sendo cumpridos aqui”, afirmou o procurador-geral Fábio Monteiro.
Operação TAPAUARA
A presente investigação foi instaurada para apurar e concluir acerca da existência de ORCRIM envolvendo autoridades do Município de Tapauá/AM em concurso de agentes com diversos empresários.
Vários delitos foram praticados pela ORCRIM, dos quais se destacaram os crimes de ameaças, uso de “laranjas”, corrupção ativa e passiva, fraudes a procedimentos licitatórios, lavagem de dinheiro, abuso de autoridade, dentre diversos outros delitos gravíssimos, com fito de lograr a consumação e consequente obtenção e distribuição do proveito dos crimes entre seus membros, assim alcançando vantagens indevidas movimentando cifras superiores a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais).
Tapauá é um município do interior do Amazonas localizado ao sul da capital do estado, distante cerca de 565 quilômetros.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população estimada é de 19.077 habitantes, sendo o 47º município mais populoso do estado do Amazonas.
Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.502, conforme informações de 2010.
A operação iniciou após denúncia ao Ministério Público do Estado do Amazonas que levou à investigação de indícios de pagamento de propina a servidores públicos e vereadores do município, por intermédio da empresa V. W. COMÉRCIO, CONSTRUÇÕES E TRANSPORTES LTDA, administrada pelo irmão do vereador Alvemir Maia, presidente da Câmara, o empresário Walter Oliveira Maia, “Waltinho”, que também teve prisão preventiva decretada.
As técnicas de investigação utilizadas foram a coleta de dados em fonte aberta de acesso restrito, acompanhamentos, vigilâncias, Ação Controlada e Medidas Cautelares Sigilosas, devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário.
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), com apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e da Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado (DRCO) deflagrou, na manhã desta terça-feira (28), a operação “TAPAUARA”, nome dado em homenagem ao sofrido e espoliado povo do Município de Tapauá, no interior do Amazonas.
INVESTIGADOS:
O objetivo da operação é desbaratar a Organização Criminosa composta pelo Prefeito do Município de Tapauá, “ZEZITO”, secretários Municipais, vereadores, incluindo o presidente da câmara, servidores públicos e empresários.
De acordo com as investigações (Promotores de Justiça), a organização criminosa atuava na prefeitura de Tapauá/AM, suspeitos de operacionalizar um esquema de corrupção generalizada, através de pagamento de propinas e mensalinho a vereadores para aprovação de medidas e aprovação de processos licitatórios fraudulentos.
MEDIDAS CAUTELARES:
A operação tem como objetivo cumprir:
– 10 (dez) mandados de prisão preventiva;
– 09 (nove) mandados de condução coercitiva;
– 09 (nove) mandados de busca pessoal;
– 26 (vinte e seis) medidas de busca e apreensão, devendo ser apreendidos documentos, celulares, computadores e veículos na Prefeitura, residências e empresas investigadas.

Em operação controlada, promovida pelo GAECO com apoio e participação dos delegados e investigadores da Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado (DRCO), o empresário “Waltinho” foi filmado entregando propina a um integrante da Câmara de Vereadores, pedindo que este concordasse com medidas promovidas pelo Prefeito.
FASES DA OPERAÇÃO:
1ª FASE: Corrupção (Mensalinho) – ORCRIM
2ª FASE: Fraude a Licitações e Crimes Conexos
3ª FASE: Lavagem de Dinheiro
Com informação da Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amazonas