A insegurança alimentar, consequência da pobreza extrema, cresce no Brasil, e o fantasma da fome está presente. O país retrocedeu, estamos no epicentro da fome no mundo, são 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer. No Amazonas o Prato Cheio atende à população em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar e nutricional. Quem passa na frente dos restaurantes, sente o cheiro convidativo de comida boa. Saber que estão alimentando pessoas, sentir que alguém está saciando a sua fome, traz paz é gratificante.
O Prato Cheio é um programa implantado pelo Governo do Estado do Amazonas para resolver a necessidade imediata no combate a fome. É administrado pela Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas) e Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Aadesam).
Com um investimento de R$ 20 milhões, o governador Wilson Lima está fazendo a expansão da rede de restaurantes populares dentro da estratégia de combate à fome, a iniciativa ganhou força e ampliou de 7 para 38 unidades e mais de 1 milhão de refeições já foram servidas em 2022. Sendo que 22 unidades do Prato Cheio foram inauguradas no interior do Estado do Amazonas.
“Nós trabalhamos para que as pessoas mais necessitadas tenham comida diariamente e a dignidade restaurada. Ao todo, mais de 1 milhão de refeições foram distribuídas. O nosso trabalho é feito com foco nas pessoas, nesse momento, nada é mais importante do que colocar comida no prato daquelas pessoas que tanto precisam.” disse Wilson Lima Governador do Estado do Amazonas.
A desempregada Maria J.G.L., de 61 anos, faz a refeição no restaurante popular, ela mora no São José há mais de duas décadas, ela considera a abertura do restaurante um ganho para as famílias que enfrentam momentos de dificuldade. Maria divide a casa com três filhos, e apenas um deles está empregado.
“Isso é muito importante, pois tem pessoas que, no dia de hoje, não têm um grão de arroz para colocar na mesa e para alimentar os filhos. Estou desempregada e não recebo aposentadoria, então é muito bom ter um local com comida servida a R$ 1, não existe coisa melhor. Eu considero isso um trabalho muito importante, um trabalho feito com excelência, que também ajuda outros bairros”, disse.
Para o governador esse é mais um avanço da política estadual de segurança alimentar. A alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, que têm agora a oportunidade de se alimentar com um cardápio variado contendo arroz, feijão, frutas, saladas, e proteínas que variam entre carne, frango e peixe, pagando o preço simbólico.
O Prato Cheio é dividido em dois serviços distintos: nos restaurantes populares, o almoço é vendido pelo valor simbólico de R$ 1, de segunda a sexta-feira, das 11h às 13h. Nas cozinhas populares, a sopa é gratuita e cada pessoa atendida tem direito a 1 litro do alimento, de sabores variados, de segunda a sábado, também das 11h às 13h.