População de quelônios soltos na Reserva Extrativista do Rio Gregório aumenta 99%, em seis anos

Sema e comunitários realizam atividades de monitoramento e soltura das espécies, desde 2018, na Unidade de Conservação
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Foto: Walben Júnior/Sema

Realizado ao longo de seis anos, o trabalho de monitoramento de quelônios na Reserva Extrativista (Resex) do Rio Gregório já contabiliza resultados expressivos para o aumento da população das espécies. Desde 2018 até 2023, a quantidade de filhotes soltos na natureza aumentou 99,2%, na Unidade de Conservação (UC).

O trabalho de monitoramento de quelônios na Resex é realizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), junto a Agentes Ambientais Voluntários (AAV) capacitados pela pasta e comunitários. Na primeira soltura, em 2018, 800 quelônios foram devolvidos à natureza. Em 2020, o número já chegava a 2.352 filhotes.

Na última soltura, realizada entre os dias 25 e 30 de dezembro de 2023, o número de quelônios chegou a 6.026, entre filhotes de tracajás, iaçás e tartarugas-da-Amazônia. O recorde é a prova de que o trabalho realizado junto às comunidades tem alcançado o seu principal objetivo, segundo o gestor da Resex do Rio Gregório, Walben Júnior.

“Esse é um trabalho de extrema relevância, porque mobiliza todas as comunidades pela conservação das espécies de quelônios, que são extremamente ameaçadas pela captura ilegal, tanto dos animais como dos seus ovos. O aumento dessas populações proporciona uma cadeia de outros benefícios para o meio ambiente e para outros animais, resultando em uma maior conservação da biodiversidade ao longo de todo o Rio Gregório, de modo geral”, destacou.

A soltura dos quelônios no final do ano é fruto de um trabalho que começa em meados de junho, quando Agentes Ambientais Voluntários e monitores percorrem os tabuleiros nas praias à procura das covas, onde as fêmeas depositam seus ovos durante a descida dos rios.

Quando localizadas, as covas são demarcadas e monitoradas até a eclosão dos ovos. Após o nascimento, os filhotes são realocados em tanques, onde permanecem por mais 60 dias, até atingirem um tamanho ideal para serem soltos na natureza em segurança. A quantidade de filhotes da última soltura surpreendeu a todos, de acordo com Walben.

“Tivemos uma intensa estiagem que afetou o nosso rio, mudando a dinâmica de desova e antecipando o nascimento de vários filhotes. Pensávamos que teríamos uma baixa no número de bichos em relação ao ano passado, mas, para a nossa surpresa, tivemos um número que superou as expectativas, o que evidencia a consolidação desse trabalho”, completou.

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