Plano de contingência para o manejo de casos de Monkeypox é finalizado em Manaus

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Fotos - Divulgação / Fiocruz/OPAS

Baseado no cenário epidemiológico de Emergência em Saúde Pública de Interesse Internacional (Espi), a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), finalizou o Plano de Contingência Municipal para Infecção Humana da Monkeypox (Varíola dos Macacos).

Segundo a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, o plano descreve as estratégias e medidas efetivas para a prevenção, manejo e controle da doença, orientando profissionais que atuam na vigilância e assistência na rede municipal, reduzindo os impactos da doença para a saúde da população.

“O plano define ações e responsabilidade de cada área de atuação da Semsa para conter a disseminação da Monkeypox. Isso vai garantir que o trabalho seja feito de forma coordenada e integrada entre os profissionais, resultando em uma resposta mais rápida aos desafios que surgirem, de acordo com a evolução do cenário epidemiológico. Além disso, o plano também define fluxos diferenciados de atendimento nas unidades de saúde, alerta os profissionais para que mantenham uma maior atenção na identificação de casos suspeitos, no diagnóstico e na notificação, e apresenta orientações sobre a adoção de medidas de prevenção e da utilização adequada de Equipamento de Proteção Individual”, informa Shádia Fraxe.

O Amazonas, de acordo com dados do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs/Manaus), já registrava até quarta-feira, 24/8, 15 casos confirmados da doença, além de 17 casos suspeitos ainda em investigação. O município de Manaus registrou o primeiro caso da doença no dia 27/7. Em todos os casos suspeitos e confirmados na capital, os técnicos de vigilância dos Distritos de Saúde (Disas) e do Cievs/Manaus, mantém o monitoramento de pacientes e seus contatos íntimos.

A gerente do Cievs/Manaus, enfermeira Graziela Neves, explica que os pacientes são monitorados em média 21 dias ou até que as lesões causadas pela doença cicatrizem por completo, fase em que a transmissão não ocorre mais.

“Manter o monitoramento dos pacientes é importante para acompanhar a evolução da doença, e também orientar sobre a necessidade de isolamento social, o que vai evitar a transmissão para outras pessoas. Também é feito o monitoramento e rastreamento dos contatos dos pacientes, que são pessoas que podem ter sido expostas ao vírus. Esse trabalho tem por objetivo identificar precocemente casos suspeitos e fazer a intervenção necessária para evitar a disseminação da doença”, destaca Graziela.

Fotos – Divulgação / Fiocruz/OPAS

A Monkeypox é uma zoonose silvestre, endêmica em regiões da África Ocidental e Central, próximo às áreas de florestas tropicais e que é cada vez mais frequente em áreas urbanas. É causada pelo Monkeypox vírus, do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. A doença geralmente evolui sem gravidade e os sintomas duram de duas a quatro semanas, podendo incluir: erupções cutâneas ou lesões de pele, adenomegalia – linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

A diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Zoonoses e da Saúde do Trabalhador (Dvae), enfermeira Marinélia Ferreira, destaca que, apesar de ser conhecida como varíola dos macacos, é importante lembrar que os macacos não são reservatórios do vírus da varíola.

“A principal forma de transmissão entre humanos, por meio de contato pessoal íntimo, com lesões de pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, ou com objetos recentemente contaminados, como toalhas e roupas de cama. Com isso, os grupos com maior risco de infecção são os profissionais de saúde que vão cuidar do paciente, os familiares e os parceiros íntimos. Mas, a maior preocupação é com o grupo considerado de risco para o agravamento da doença, que são crianças, gestantes e imunossuprimidos”, alerta Marinélia.

O Plano de Contingência Municipal para a Monkeypox ficará disponibilizado no site da Semsa (semsa.manaus.am.gov.br ) e será divulgado em toda a rede assistencial, pública e privada. “São informações que podem orientar os profissionais de saúde em todos os níveis de atendimento, para o diagnóstico, notificação e manejo clínico adequado e ágil do paciente”, reforça a diretora.

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