Pesquisa utilizou resíduos de casca de frutos amazônicos para a produção de farinha

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Uma pesquisa realizada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTIC) utilizou resíduos de casca de frutos amazônicos para a produção de uma farinha capaz de enriquecer diferentes alimentos. A pesquisa avaliou a atividade antioxidante no enriquecimento de sucos industrializados prontos com a farinha da casca do camu-camu. As amostras enriquecidas comprovaram uma eficácia acima de 70% de atividade antioxidante.

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Os antioxidantes são substâncias que evitam a formação de radicais livres no organismo que favorecem o envelhecimento celular e o aparecimento de doenças, como o câncer, ou seja, combatem o envelhecimento precoce e ajudam a prevenir doenças.

Financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Físico-Química de Alimentos (LFQA/CSAS) desde agosto do ano passado pelas alunas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), graduandas do curso de Tecnologia em Alimentos do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Andreza Cavalcante de Oliveira e Larrisa Magda Cordeiro. Os frutos foram coletados na estação de fruticultura do Inpa. As alunas são orientadas pelos pesquisadores do Inpa Francisca Souza e Jaime Aguiar.

Durante as pesquisas, foi realizado o trabalho de processamento dos frutos, como o buriti, cubiu e camu-camu que foram liofilizados (processo de desidratação que transforma o fruto em pó conservando as propriedades nutricionais). Segundo a estudante Larissa Cordeiro, a farinha de camu-camu se destacou apresentando melhores substâncias antioxidantes (como antocianinas, vitamina C, flavonóides, carotenóides e fenólicos totais) com um teor de 7.462 mg para cada 100g da farinha. Já o cubiu apresentou 1.086mg/100g e o buriti 256,02mg por 100g.

Cordeiro explica que a farinha da casca do camu-camu apresentou um alto teor de vitamina C, de 16.603 mg para cada 100g da casca, enquanto a antocianina foi de 0,106 mg/100g.

Já no trabalho de enriquecimento dos sucos prontos industrializados, nos sabores laranja e goiaba, a estudante Andreza de Oliveira explica que foram feitas concentrações da farinha da casca de camu-camu nas concentrações de 0,3%, 0,5% e a 0,7%, não alterando os sabores dos sucos de goiaba e de laranja.

Para a pesquisadora Francisca Souza, a importância dessa pesquisa está na sustentabilidade e no aproveitamento de resíduos para minimizar os impactos ambientais. “Além disso, a pesquisa fornece subsídios e conhecimentos para a agroindústria do que é desperdiçado visando o reaproveitamento dos resíduos de frutos amazônicos”, disse Souza.

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O programa de Iniciação Científica é voltado para o desenvolvimento da ciência a estudantes de graduação com o objetivo de proporcionar aprendizagem e aperfeiçoamento de jovens talentos, gerando benefícios ao desenvolvimento científico e tecnológico da região.

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