Pesquisa Ipea: 20,4 milhões de trabalhadores no Brasil poderiam trabalhar remotamente

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Foto: Edson Piola/portaldoamazonas.com - direitos reservados

Dentre as medidas adotadas por conta da pandemia, para conter a disseminação do Covid-19 estavam o distanciamento social, com ele a necessidade dos trabalhos serem realizados de forma remota.   O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(Ipea), apresentou nesta sexta-feira (27/06) um recorte por unidade federativa dos trabalhos que podem continuar sendo realizados de forma remota em todo país.

De acordo com a análise, da pesquisa cerca de 20,4 milhões de pessoas ocupam trabalhos que podem ser realizados de forma remota, no universo da pesquisa isso é representando por 24,1% do total de pessoas ocupadas no mercado de trabalho brasileiro.

Os resultados apontam que as mulheres predominam nas ocupações potenciais de trabalho remoto com (58,3%), pessoas brancas (60%), com nível superior completo (62,6%) e na faixa etária entre 20 e 49 anos (71,8%). Os dados da análise mostram que mais da metade desses trabalhadores em teletrabalho potencial encontra-se na região Sudeste (que tem o maior percetual, 27,7%), seguida pela região Sul, com 25,7%, e Centro-Oeste, com 23,5%. Nas regiões Norte e Nordeste, o patamar é inferior, respectivamente de 17,4% e 18,5%.

O Ipea também estimou  que embora as pessoas em ocupações com potencial de serem realizadas de forma remota representem 24,1% da força de trabalho, esses trabalhadores são responsáveis por 40,4% da massa de rendimentos total. O recorte por região mostrou que a maior contribuição para esse montante vem da região Sudeste, puxada principalmente pelo estado de São Paulo, que tem 47,6% do total de rendimentos efetivos gerados por pessoas em teletrabalho potencial.

De acordo com o recorte o contingente e o percentual de teletrabalho potencial no Brasil urbano supera o do Brasil rural. Ainda assim, haveriam cerca de 650 mil pessoas em teletrabalho potencial no campo, o que corresponde a 6,4% do total de ocupados na zona rural.

Mais da metade desses trabalhadores estão no Sudeste com o maior percentual de pessoas ocupadas potencialmente em home office em ambas as zonas (29,2% urbana e 7% rural). Em contrapartida, a região Norte, cujo contigente de teletrabalho potencial nas zonas urbana e rural corresponde a, respectivamente, 20,5% e 4,9% do total de ocupados, está no outro extremo. A região Nordeste, que apresenta o quarto maior percentual de teletrabalho potencial na zona urbana (21,2%), salta para a segunda colocação quando se observa a zona rural (6,7%).

Na análise por unidade federativa os dados mostram que, enquanto o Distrito Federal apresenta teletrabalho potencial de 37,8%, no Pará esse percentual cai para menos da metade (15,3%). Em todas as unidades federativas, as mulheres são maioria no teletrabalho potencial. Esse resultado é mais acentuado em Roraima, Maranhão e Piauí, onde essa participação oscila entre 64% a 66%. Os estados de Amapá, Santa Catarina e Ceará são os que apresentam resultados mais equilibrados com a participação feminina variando de 52% a 54%.

 

Veja a nota Técnica

pesquisa – trabalho remoto pdf

Com informação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

 

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