Pesquisa com apoio da Fapeam vai auxiliar na segurança das fronteiras amazônicas

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Com fomento do Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), o pesquisador Igor Acampora Prado está desenvolvendo um projeto de pesquisa com Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants), conhecidos como drones, com o objetivo de abrir mais oportunidades de pesquisas em robótica aérea autônoma.

Diego utiliza o modelo DJI Phantom 1, que tem autonomia de voo de 15 minutos. Junto, a aeronave leva uma câmera GoPro de 12 megapixels para foto e video.
Estudo visa, ainda, monitorar queimadas e áreas agrícolas, com o auxílio de Veículos Aéreos Não Tripulados (drones)

Denominado “Guiamento de Múltiplos Veículos Aéreos Multirrotores”, o estudo irá trabalhar o desvio de obstáculos e a prevenção de colisões, utilizando um controle baseado em modelos probabilísticos. O projeto é realizado no âmbito do Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos Pós-Graduados do Estado do Amazonas (RH Doutorado) da Fapeam, que concede bolsas de doutorado a profissionais interessados em realizar curso de pós-graduação stricto sensu em outros Estados da Federação, como é o caso do pesquisador, que faz o curso no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São Paulo, um dos mais conceituados do mundo.

Segundo Igor Acampora, o desenvolvimento desse trabalho irá proporcionar um grande conhecimento na área de controle de formação de Vants do tipo multirrotor – aeronave com mais de dois rotores – trabalhando com uma tecnologia extremamente estratégica para o país.

“Sabe-se que a vigilância das fronteiras amazônicas e suas florestas são de grande interesse para o governo brasileiro, visto que são áreas de possíveis rotas para o tráfico de drogas, mercadorias contrabandeadas e desmatamento ilegal. Por meio da utilização dos Vants para a atividade de vigilância, teríamos uma maior segurança, pelo fato desses veículos serem dotados de câmeras e sua pilotagem ser realizada de forma autônoma”, explicou Acampora.

Os Vants do tipo multirrotor ainda podem ser utilizados para monitoramento de lugares de difícil acesso, pois eles têm a capacidade de voo pairado e voo vertical. “Espera-se trazer para o Amazonas o que há de mais moderno na área de robótica aérea e, assim, despertar o interesse de jovens pesquisadores para este tema tão importante no cenário mundial”, defendeu o pesquisador.

O projeto passará por algumas etapas, dentre elas, o estudo de técnicas de controle com desvios de obstáculos e a prevenção de possíveis colisões para, assim, adicionar a estas técnicas as informações sobre erros de modelagem e ruídos de sensores, essenciais para um resultado positivo da pesquisa.

Legislação

De acordo com Igor, gerar uma lei de controle de formação para veículos multirrotores é uma das finalidades do estudo, que busca, também, incorporar as funções de desvio de obstáculos e prevenção de colisões ao controlador.

Para Acampora, o principal beneficiado com esta pesquisa será a própria população brasileira, que contará com equipamentos de alta qualidade para auxiliar na segurança do país. “Os Vants são aeronaves que podem ser utilizadas tanto para fins civis como militares. Ter a possibilidade de trazer este conhecimento para dentro do nosso país e ainda desenvolver tecnologia de ponta nos engrandece e nos torna competitivos a nível mundial”, afirmou.

Conheça mais sobre os Vants multirrotores

Os Veículos Aéreos Não Tripulados multirrotores têm atraído um interesse muito grande da indústria e da academia, visto que suas características apresentam uma mecânica mais simplificada, de fácil manuseio, além do baixo custo de fabricação e capacidade de pouso e decolagem vertical.

Esses veículos podem ser utilizados para diferentes tipos de aplicações, tanto em ambientes internos, quanto em ambientes externos, como, por exemplo, na exploração de edifícios, no monitoramento de queimadas florestais, no mapeamento de áreas agrícolas e no monitoramento de fronteiras.

“Tudo isso só trará benefícios para o Brasil e para o Amazonas, que contarão com uma ajuda reforçada no que diz respeito à segurança de fronteiras, por exemplo, e no monitoramento da nossa floresta”, finalizou Acampora.

Foto: Divulgação/Diego Mosquera

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