Pesquisa analisa a utilização de resíduos de frutos amazônicos para geração de eletricidade

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Um estudo desenvolvido pelo pesquisador Fábio Cordeiro de Lisboa, com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), está analisando os caroços do tucumã, macaúba e a casca de cupuaçu para geração de eletricidade.

tucuma arara
Foto: portaldoamazonas.com / Edson Piola

O estudo que consiste na conversão de biomassas residuais da Amazônia em combustíveis é capaz de alimentar grupos de motogeradores para a geração de eletricidade em áreas isoladas da região amazônica utilizando recursos renováveis.

“O foco do trabalho é o desenvolvimento de processos capazes de produzir vetores energéticos que possam operar de forma flexível com as máquinas usualmente utilizadas para geração de eletricidade, sem que seja necessário desenvolver novos equipamentos para a conversão da energia”, disse o pesquisador.

A pesquisa está sendo realizada no laboratório de Energia e Ambiente da Universidade de Brasília (UnB)em parceria com o Centro de Desenvolvimento Energético Amazônico (CDEAM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal Brasileiro (LPF/SFB), do Núcleo de catálise do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Nucat-COPPE/UFRJ) e Agência Espacial Brasileira (AEB).

Eletricidade amazônica – Doutorando em Ciências Mecânicas, pela UnB, Fábio Lisboa disse que durante a pesquisa a tecnologia que se mostrou mais aplicável ao contexto amazônico foi à operação em modo duplo combustível, com diesel e gás de síntese, onde o gás é proveniente da gaseificação de biomassas carbonizadas.

O estudo ainda está em andamento e deve ter os resultados definidos no início do segundo semestre deste ano. “Os benefícios vão desde o desenvolvimento da metodologia pra tipificação das biomassas e seus produtos até o desenvolvimento de tecnologias capazes de fixar pessoas em comunidades agrícolas e extrativistas de forma digna, produzindo produtos com valor agregado capazes de gerar emprego e renda para a população local”, informou Lisboa.

O projeto de pesquisa, segundo Lisboa, deve gerar ganho econômico e ambiental por conta da utilização de recursos enérgicos renováveis. Segundo ele, outro ponto favorável da pesquisa é que tanto o tucumã quanto a macaúba se adaptam bem a solos degradados, o que torna sua cultura um impulsionador do reflorestamento.

“Com esse projeto temos a redução da emissão de gás carbônico, reflorestamento, diminuição da dependência de combustíveis fósseis e seus canais de distribuição por via fluvial, onde sempre existe o risco de acidentes com vazamentos e danos ambientais”, explicou Lisboa.

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