Pazuello e Exército ignoraram pedido de socorro do AM enviado cinco dias antes de colapso de oxigênio

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Matéria da Folha de S. Paulo, afirma a existência de um inquérito sigiloso da Polícia Federal que investiga supostos crimes do general Eduardo Pazuello, e que já reuniu evidências de que o ex-ministro da Saúde e o comando do Exército na Amazônia foram formalmente avisados sobre a “iminência de esgotamento” de oxigênio em Manaus em janeiro deste ano, cinco dias antes do colapso, com pedidos de socorro não atendidos a tempo de salvar as vidas que morreram sem oxigênio.

A reportagem destaca que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assim como o comandante do Exército da Amazônia, general Theophilo Oliveira, receberam um pedido de socorro do governo do Amazonas cinco dias antes de acabar o oxigênio no Amazonas. De acordo com apuração  da Folha de S.Paulo, os pedidos não foram atendidos a tempo, o que contribuiu com a dezenas de morte de pacientes com Covid-19 em todo o Estado do Amazonas.

A matéria da Folha segue afirmando que o ofício foi assinado pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSL),o documento foi enviado a Pazuello em 9 de janeiro, alertando para a “iminência de esgotamento” e para a “necessidade de resguardar a vida dos pacientes” no estado.

Em caráter de Urgência no mesmo dia, o governador encaminhou um ofício ao comando militar no Amazonas, usando as mesmas expressões do documento que Pazuello recebeu. Wilson Lima então pede ajuda para o transporte de 36 tanques de oxigênio, em “caráter de urgência” total.

Segundo a reportagem, o Ministério da Saúde ajudou a transportar 200 cilindros de oxigênio a partir de Vinhedo (SP), em 12 de janeiro, e 150 cilindros oriundos de Belo Horizonte, a partir de Guarulhos, em 13 de janeiro. Os primeiros seis tanques foram embarcados somente no dia 12, chegando a Manaus no dia 13. A capital amazonense passou por colapso de oxigênio no dia seguinte, 14 de janeiro.

O ofício foi descoberto pela Polícia Federal em inquérito aberto por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento foi enviado à CPI da Covid-19 no Senado.

Com informações da Folha de S. Paulo.

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