Paralisação parcial de transporte coletivo é discutida na Câmara

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A greve parcial no transporte coletivo foi um dos assuntos abordado pelos vereadores na Câmara Municipal de Manaus (CMM) na manhã da segunda-feira (11), durante o pequeno expediente, no retorno dos trabalhos legislativos do segundo semestre deste ano, após o recesso do primeiro semestre.

onibus- foto- Erick Felipe

O assunto virou tema de debate, após notícias de que ônibus de algumas empresas deixaram circular porque motoristas e cobradores cruzaram os braços, penalizando os usuários que se deslocavam para o trabalho, mesmo com a decisão da Justiça do Trabalho, que, com base no pedido da Prefeitura de Manaus, na última sexta-feira (9), determinou a manutenção de 70% da frota do transporte coletivo funcionando em horário de pico.

O primeiro a falar sobre o assunto foi o vereador Luis Mitoso (PSD), que ressaltou a ação enérgica do prefeito Arthur Neto (PSDB) de ir à Justiça para garantir a circulação dos ônibus, e da Justiça do Trabalho ao tomar a decisão em não anunciar a greve como legal. Segundo ele, a decisão dá direito do prefeito em intervir nas empresas para que não façam mais parte do sistema.

Presidente do Poder Legislativo Municipal, Wilker Barreto (PHS) entrou no debate. Ele pediu bom senso dos empresários diante da crise “severa” da economia. De acordo com ele, qualquer 10% de reajuste de salário incide R$ 0,30 a mais na tarifa, que vai cair na conta dos usuários.

Para o vereador Mário Frota (PHS), o prefeito age corretamente em não conceder reajuste da tarifa de ônibus, apesar da pressão. Para ele, pessoas em busca de emprego serão afetadas.

Nessa mesma linha se pronunciou a vereadora Socorro Sampaio (PP), que parabenizou a árdua luta do prefeito e da Justiça para não permitirem o reajuste da tarifa.

O vereador Álvaro Campelo (PP) acredita que a crise é para todo mundo e os reajustes não podem ser repassados para a população. Ele ressaltou, também, as péssimas condições do transporte coletivo, com panes pela cidade, princípio de incêndio e pneus carecas. Conforme o vereador, se os empresários não estão satisfeitos, que abandonem o sistema e abram espaço para que outras empresas possam trabalho de qualidade.

Vereadores do PTN, como Junior Ribeiro e Joãozinho Miranda também fizeram coro pelo não reajuste e criticaram a qualidade dos serviços de transporte coletivo. Professor Samuel (PHS), Roberto Sabino (PROS) e Plínio Valério (PSDB) também falaram sobre o assunto nessa linha.

Joãozinho Miranda acha que é preciso dar um basta nessa iniciativa dos empresários, que oferecem um péssimo serviço à população, numa “novela” sem fim. Para ele, os insatisfeitos que deixem o sistema.

Vereadores de oposição, como Professor Bibiano e Waldemir José, ambos do PT, criticaram o sistema de transporte coletivo de Manaus, que só enriquece os empresários e obriga os usuários a andarem em verdadeiras carroças.

Waldemir José foi mais além e defendeu a intervenção do prefeito no sistema de transporte coletivo, baseado no artigo 187 da Lei Orgânica do Município de Manaus. O vereador propôs, ainda, que essa greve no transporte seja de catraca livre para penalizar os empresários e não prejudicar os usuários. E sugeriu a efetivação da Lei de Mobilidade Urbana, que obriga o Poder Público e o setor privado a fazerem investimentos na área de transporte.

Para o líder do Governo Municipal, Elias Emanuel (PSDB), não dá para fazer intervenção no sistema, porque, na hora que o Executivo faz isso, assume todo o passivo do sistema. De acordo com ele, desde a madrugada o prefeito Arthur Neto estava de campana e já conversou com o governador José Melo, com os trabalhadores e empresários do sistema de transporte coletivo, no sentido resolver o impasse. Segundo ele, o governador também se comprometeu em encaminhar a Lei do Subsídio à Assembleia e regularizar o pagamento (do subsídio) para as empresas.

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