A Procuradoria-Geral da República (PGR) endossou nesta segunda-feira (25/8) o pedido da Polícia Federal e do líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), para reforço de policiamento na casa de Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. O objetivo: evitar uma possível fuga do ex-presidente e assegurar o cumprimento das medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a manifestação assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, equipes policiais devem permanecer de prontidão em tempo integral, com monitoramento em tempo real. Apesar da rigidez da recomendação, a PGR pede “discrição”, para não violar a privacidade de Bolsonaro nem incomodar vizinhos.
O documento da PF encaminhado ao STF, assinado pelo diretor-geral Andrei Rodrigues, foi produzido após alerta de Lindbergh sobre risco de evasão. Investigadores relatam que Bolsonaro poderia tentar refúgio na Embaixada dos Estados Unidos localizada a cerca de 10 minutos de sua residência e dali pedir asilo político.
Agora, a PGR ainda precisa analisar os esclarecimentos apresentados pela defesa do ex-presidente e o relatório da PF que aponta os indícios de fuga.
Na semana passada, a Polícia Federal (PF) encontrou em um aparelho ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) um documento de solicitação de asilo político direcionado ao presidente da Argentina, Javier Milei. Segundo os investigadores, o arquivo estava salvo desde 2024, levantando suspeitas de que Bolsonaro poderia estar preparando uma rota de saída do país.
A descoberta reforçou o alerta de risco de fuga que já vem sendo investigado em outros inquéritos. Para a defesa de Bolsonaro, porém, não houve qualquer tentativa concreta: os advogados afirmam que o material não passou de um “rascunho” e negam que o ex-presidente tenha buscado asilo fora do Brasil.