Oposição dorme no Congresso em defesa de Bolsonaro e desafia STF: “Não sairemos enquanto não recuarem”

Parlamentares bolsonaristas transformam Câmara em trincheira contra Moraes após prisão domiciliar do ex-presidente. PL organiza revezamento para manter plenário ocupado 24h por dia
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Foto: José Cruz/Agência Brasil

Em mais um episódio que escancara o clima de guerra institucional no país, deputados da oposição bolsonarista decidiram transformar o plenário da Câmara dos Deputados em acampamento político. A motivação? A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada por Alexandre de Moraes, ministro do STF, que agora é acusado por opositores de “ditadura togada”.

Durante a madrugada desta quarta-feira (6/8), parlamentares da direita majoritariamente do PL  se revezaram em turnos para manter o plenário ocupado em protesto. A cena foi registrada em fotos enviadas pela própria liderança do partido à imprensa, por volta das 6h da manhã. No clique, deputados aparecem dormindo sobre colchonetes, em cadeiras ou até mesmo em pé, numa tentativa de transformar o gesto em símbolo de resistência.

A estratégia do PL é clara: manter o plenário ocupado como forma de obstruir os trabalhos legislativos e pressionar o STF. Nos bastidores, a ordem é não arredar o pé enquanto Bolsonaro estiver sob medida restritiva.

“Estamos aqui para defender a liberdade e denunciar o abuso de autoridade do Supremo”, declarou um dos deputados envolvidos no protesto. Para os opositores, a decisão de Moraes extrapola os limites legais e representa mais uma etapa do que chamam de “perseguição política e judicial” contra o bolsonarismo.

Do outro lado, parlamentares governistas não escondem o incômodo com a “encenação” promovida pelos adversários e classificam a prisão domiciliar como consequência lógica da reincidência de Bolsonaro no descumprimento de medidas cautelares  especialmente o uso indevido das redes sociais e a articulação indireta com apoiadores.

Enquanto isso, a temperatura política em Brasília segue em ebulição. Com o Congresso tomado por uma oposição disposta a tudo e um STF cada vez mais assertivo, o embate entre poderes se intensifica, e o país mergulha em mais um capítulo de sua instável novela institucional.

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