A saída do ex-presidente Jair Bolsonaro do hospital DF Star, em Brasília, no domingo (14/09), foi questionada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal explique, em até 24 horas, por que não houve “transporte imediato” do Bolsonaro após a alta médica.
“OFICIE-SE à Polícia Penal do Distrito Federal para que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, envie aos autos relatório circunstanciado sobre a escolta realizada, com informações do carro que transportou o custodiado, agentes que o acompanharam no quarto e o motivo de não ter sido realizado o transporte imediato logo após a liberação médica”, escreveu Moraes.
Bolsonaro levou 5 minutos e 33 segundos entre a liberação e a entrada no carro da escolta. Nesse intervalo, ficou em pé em frente ao hospital, acenou para apoiadores que gritavam “volta, Bolsonaro” e assistiu, em silêncio, à entrevista do médico Claudio Birolini.
Interlocutores de Moraes e de outros ministros avaliam que o ex-presidente aproveitou a cobertura jornalística e a mobilização de militantes para fazer uma cena calculada, inevitavelmente transmitida ao vivo pelas TVs e redes sociais.
O despacho de Moraes pede relatório com os nomes dos agentes da escolta, dados do veículo utilizado e justificativa para a demora. O ex-presidente estava acompanhado do filho, o vereador Jair Renan (PL-SC), no momento em que deixou o hospital.