O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas, em Magé (RJ), onde o ex-deputado Daniel Silveira cumpre pena em regime semiaberto, entregue em 24 horas as imagens do sistema interno de monitoramento. O objetivo é verificar denúncias de que Silveira estaria recebendo visitas irregulares, fora dos horários e dias permitidos aos demais presos.
Segundo informações encaminhadas ao gabinete de Moraes, o ex-parlamentar teria recebido militares e políticos aliados, entre eles o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). As visitas, no entanto, não teriam passado por autorização do Supremo, responsável pela supervisão do cumprimento da pena.
A direção do presídio admitiu que houve presença de visitantes ligados a Silveira na unidade, mas alegou que eles não chegaram a se encontrar com o ex-deputado. Moraes, no entanto, não se satisfez com a versão e ordenou que sejam enviadas as gravações e registros no livro de entrada de visitantes.
Silveira foi condenado em 2022 a 8 anos e 9 meses de prisão por atentar contra o Estado Democrático de Direito. O ex-deputado ficou conhecido por atacar ministros do STF e incentivar atos antidemocráticos.
A investigação sobre visitas fora das regras reacende a polêmica em torno de Daniel Silveira: estaria ele sendo beneficiado por um regime mais brando do que os demais presos ou seria alvo de uma vigilância exacerbada do Supremo?