Mesmo afirmando que “É preto, é coisa de preto”, William Waack diz que não é racista

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O jornalista esta afastado desde novembro do comando do Jornal da Globo,  apresentador William Waack foi acusado de racismo após a publicação de um vídeo nas redes sociais.

As imagens foram gravadas  minutos antes do apresentador do Jornal da Globo entrar no ar, em uma transmissão em frente à Casa Branca, em Washington. “Tá buzinando por que, seu m… do c…?”, diz Waack, reclamando de uma buzina que soa na rua. Em seguida, ele balbucia ao convidado, o comentarista Paulo Sotero, que está ao seu lado: “Você é um, não vou nem falar, eu sei quem é…” E depois continua com um trecho em que parece dizer: “É preto, é coisa de preto”.

William Waac afirma em artigo publicado neste domingo ( 14/1) na folha de S.Paulo, que na noite de 8 de novembro de 2016, se os rapazes que estavam, na equipe de produção, os responsáveis pelo vazamento das imagens na internet, lhe abordassem hoje, ele teria respondido que aquilo que ele falou, foi uma “piada idiota”.

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O que teria falado não teve intenções racistas, pois teria dito em tom de brincadeira.

“Desculpem-me pela ofensa; não era minha intenção ofender qualquer pessoa, e aqui estendo sinceramente minha mão.” diz Waack no artigo, que também afirma que durante toda  a sua vida, combateu a intolerância de qualquer tipo, seja,racial,  e sua  vida profissional e pessoal é prova eloquente disso.

O jornalista menciona que não separa amigos pela cor, nem por religião, e tão pouco pelo o que dizem sobre políticos.

O episódio que me envolve é a expressão de um fenômeno mais abrangente. Em todo o mundo, na era da revolução digital, as empresas da chamada “mídia tradicional” são permanentemente desafiadas por grupos organizados no interior das redes sociais.

William Waack desabafa afirmando que por falta de visão estratégica ou covardia, ou ambas, as pessoas tornam-se reféns das redes mobilizadas, parte delas alinhada com o que “donos” de outras agendas políticas definem como “correto”.

Admito, sim, que piadas podem ser a manifestação irrefletida de um histórico de discriminação e exclusão. Mas constitui um erro grave tomar um gracejo circunstanciado, ainda que infeliz, como expressão de um pensamento, até porque não se poderia tomar um pensamento verdadeiramente racista como uma piada.. Afirma Waack

O jornalista de 65 anos, que trabalha na área desde os 17 anos, foi apresentador da Rede Globo, ja trabalhou  nas  principais redações do país e por varias vezes  como correspondente internacional por 21 anos na Europa e Estados Unidos, finaliza o artigo dizendo:

“Um homem se conhece por sua obra, assim como se conhece a árvore por seu fruto. Tenho 48 anos de profissão. Não haverá gritaria organizada e oportunismo covarde capazes de mudar essa história: não sou racista. Tenho como prova a minha obra, os meus frutos. Eles são a minha verdade e a verdade do que produzi até aqui.

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