Mecanização ajuda produtores rurais a diversificarem culturas agrícolas e ampliar produção no Estado

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A diversidade agrícola e a economia com custos logísticos estão entre as principais conquistas de produtores rurais dos municípios de Manacapuru (a 89 quilômetros de Manaus) e Rio Preto da Eva (a 68 quilômetros da capital), com a introdução da mecanização em suas produções agrícolas. Os investimentos realizados pelo Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS) retomaram a produtividade de mais de 300 famílias dessas regiões que fazem parte dos municípios beneficiados com transportes e equipamentos em nove meses, através dos Termos de Fomento firmados entre o FPS e as associações e as cooperativas do Estado.
Nesse período foram feitos investimentos de R$ 2,7 milhões que alcançaram mais de seis mil famílias, em sete calhas do interior. Em Rio Preto da Eva e Manacapuru, o FPS realizou mais de R$ 290 mil em investimento para auxiliar o setor primário das regiões. Com uma acentuada produção de banana, o município de Rio Preto da Eva ganha impulso também para outras atividades agrícolas, como a produção de hortaliças. E é na comunidade Nova Esperança que essa produtividade passa a ganhar mais impulso com a Associação dos Produtores Rurais da Comunidade Nova Esperança (Asprones).
Na localidade, a produção de banana gira em torno de 20 toneladas, por semana. Mas, segundo os produtores da região, a demanda no mercado consumidor do fruto tem apresentado uma retração e, por conta disso, eles buscaram novas alternativas de cultivo, com a introdução de quiabo, maxixe, entre outros. A produtora rural, Sabrina Castro, 36, atualmente produz quiabo em uma área de pouco mais 2 mil m2, depois que recebeu os implementos do FPS, no início deste ano. “Assim que ganhamos o trator pedi para passar aqui no meu terreno para preparar o solo para a plantação de quiabos. E essa foi a primeira vez que plantei, tirando já em duas semanas 180 quilos. E o bom de tudo é que quando tirar o quiabo posso fazer outra produção”, afirma.
A praticidade em melhorar a produção da comunidade passou também a ser uma realidade na vida das famílias. O tempo para fazer um canteiro de produção de hortaliças reduziu bastante com o apoio do trator e da encanteiradora, implemento que prepara o solo para o plantio, conforme relata o produtor rural, Luis de Abreu. “Se fosse feito manualmente com enxada para fazer um canteiro levaríamos mais de uma hora e meia. Com o trator que temos agora, levamos apenas 10 minutos para fazer um canteiro. Além disso, ganhamos também com a qualidade do solo que fica muito melhor para trabalhar”.
Segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), a cidade produz em torno de 4 mil toneladas, ao ano, do fruto e boa parte é escoada para a cidade de Manaus para atender as feiras e mercados, além do Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme).
Desenvolvimento – A presidente de honra do FPS, Mônica Mendes, ressalta que a proposta de retomar o desenvolvimento econômico no interior tem alcançado o objetivo com a mecanização na agricultura familiar. “O setor primário precisa desse apoio sempre para conseguir desenvolver importantes projetos que vão melhorar a vida das famílias amazonenses. E é nessa missão que, há nove meses, estamos trabalhando com o apoio da Secretaria de Produção Rural e do Idam para dar soluções para os desafios do trabalhador rural”.
Economia e ampliação – Na Cooperativa de Fruticultura dos Agricultores de Manacapuru (Coopfamma), os produtores chegaram a um patamar de 90% na redução de custos com fretes, após a aquisição do caminhão-baú com capacidade de 8,5 toneladas, em dezembro do ano passado. O transporte foi adquirido, por meio do Termo de Fomento, e serve para escoar toda a produção de mamão, mandioca, melancia, maracujá e hortaliças dos cooperados para a Feira Manaus Moderna, na capital, e em mais de 20 escolas da rede estadual e municipal de ensino das cidades de Manacapuru e Anamã.
“Antes, pagávamos uma média de R$ 12 mil, ao mês, fretando carros para deixar nossas produções, mas, hoje em dia, isso mudou por causa do caminhão. Ainda fretamos para deixar em alguns lugares quando o caminhão está muito cheio, porém esse custo chega a R$ 900,00 ao mês”, explica a presidente da Coopfamma, Núbia Neves, que já vislumbra o que era antes impossível: construir o próprio galpão de produção agrícola na cidade.
“Atualmente, os trabalhos da nossa cooperativa funcionam em um prédio alugado no Centro, de onde sai o caminhão. Mas nossa meta é fazer dessa economia que estamos tendo para retomar as obras do galpão, porque queremos fomentar ainda mais a nossa produção. Estamos felizes porque é possível fazer isso e ainda investir na vida de nossos filhos com uma boa faculdade e comprar algo melhor para vivermos com mais dignidade”, finaliza Núbia.
Apoio – O FPS apoia projetos sociais de organizações no âmbito das políticas estaduais voltadas à inclusão produtiva, bem como instituições que trabalham e contribuem para a viabilidade econômica das ações voltadas às populações urbanas e rurais. A seleção dos projetos é realizada, através do edital, que segue as diretrizes da Lei Federal 13.019/2014 alterada pela Lei Federal 13.204/2015 e Decreto Federal nº 8726/2016, que estabelece o Marco Regulatório referente à atuação das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) em vigor desde o dia 23 de janeiro de 2016. A norma estabelece regras para as parcerias dessas organizações com o poder público nas esferas federal, estadual e municipal.
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