O deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) revelou em seu discurso que fez uma viagem ao município de Boca do Acre, na semana passada, e encontrou a cidade em péssima situação. Ramos afirmou que “a cidade que eu vi está abandonada pelo poder público, pelo prefeito que pouco pisa na cidade e pelo governo do Estado que não toma as medidas necessárias para garantir dignidade para as pessoas que moram naquele município”. O discurso de Ramos aconteceu em oposição ao do deputado Belarmino Lins (PMDB).
Boca do Acre, segundo Marcelo Ramos, “está abandonada também pelo governo federal que não toma as providências cabíveis para a recuperação da BR-230 que liga o município de Boca do Acre à cidade de Rio Branco (AC)”. O deputado disse que “o estado da cidade é lamentável”.
O deputado criticou ainda a entrega dos cartões de valor de R$ 300 às vítimas da enchente, feita pelo governo estadual e afirmou que “o povo não quer viver esperando alagar a cidade e receber uma migalha desse governo bonzinho para que consigam comer durante uma semana”, lembrando que em todos os anos há enchente na Amazônia. “Todos os anos isso acontece e o governo não toma as medidas preventivas, espera as pessoas ficarem nessa situação para ir lá e fazer essa média dando uma pontinha da migalha”, disse.
Ao pronunciamento de Marcelo Ramos seguiram-se apartes dos deputados Belarmino Lins (PMDB), Adjuto Afonso (PP), José Ricardo (PT) e Tony Medeiros (PSL), tendo eles, com exceção do petista, afirmado que a ajuda de R$ 300 não significava “migalha”, mas um ato de solidariedade e ajuda ao povo que passava por situação de desespero, não sendo o ideal, mas que ajudava muito nesse momento difícil.