A instabilidade do modelo Zona Franca de Manaus foi o tema do discurso do deputado estadual Marcelo Ramos (PSB), no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), quando salientou que nos últimos anos, os investimentos destinados ao pólo industrial estão minguando cada vez mais.
Na opinião de Ramos, a instabilidade acontece porque mesmo passados 47 anos da implantação do modelo, quem governou o Amazonas, nos últimos 30 anos, não fez o “dever de casa”, que era dotar o Estado de infraestrutura logística para garantir a competitividade num mundo globalizado, mesmo sem os incentivos fiscais.
O parlamentar lembrou que igual há 47 anos, quando foi criada a Zona Franca de Manaus, o Amazonas não tem porto decente; não tem hidrovias sinalizadas e balizadas o ano inteiro; não possui ligação rodoviária com resto do Brasil, mas existe uma crise que não oferece estabilidade no fornecimento de energia elétrica e internet. “Com tudo isso, ficamos dependentes apenas dos incentivos fiscais”, lamentou.
Votação da PEC de prorrogação da Zona Franca
Sobre a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da prorrogação da Zona Franca, Ramos avaliou que o líder da bancada do Amazonas, líder do governo federal, o senador Eduardo Braga, reduziu o que há de mais importante à vida do cidadão amazonense. Ele salientou que há uma guerra eleitoral e manipuladora do senador, que comporta-se como principal inimigo da Zona Franca, que tentou de maneira calhorda, covarde e oportunista aditar a votação em segundo turno da PEC, antes que o prefeito de Manaus e o governador do Amazonas chegassem a Brasília, para não dividir os louros. “Diante disso, criou um problema ainda maior à prorrogação, Não valeu nem a pressa dele ou do governo federal. Os que tentam aparecer na foto são os inimigos que submetem o Amazonas aos interesses eleitorais. Isso é falta de compromisso e irresponsabilidade com os milhares de empregos do Estado”, enfatizou.
